Florianópolis é a capital do país onde mais os motoristas admitem beber antes de dirigir. O percentual de 16% dos entrevistados é alto se comparado ao Rio de Janeiro, onde é 5% – a capital fluminense tem uma postura agressiva na repressão ao motorista alcoolizado. Os dados estão na pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2012), divulgada na terça-feira.
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Além disso, metade dos moradores da cidade está acima do peso. Em Florianópolis, o percentual de homens obesos subiu de 10% para 16,2% e com excesso de peso de 51,1% para 50,2%. Entre as mulheres, os índices de obesidade aumentaram de 10,3% para 15,4% e de excesso de peso de 31,4% para 47,2%.
Nesta edição, foram entrevistados 45,4 mil adultos em todas as capitais e no Distrito Federal, entre julho de 2012 a fevereiro de 2013. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que os dados servem de alerta para que toda a sociedade se articule para controlar o aumento da obesidade e do sobrepeso no país.
Apesar de a obesidade estar relacionada a fatores genéticos, há uma influência significativa do sedentarismo e de padrões alimentares inadequados no aumento dos índices brasileiros. Forte aliado na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, o consumo de frutas e hortaliças está sendo deixado de lado por uma boa parte da população de Santa Catarina. Apenas 30,3% da população ingerem a porção diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de cinco ou mais porções ao dia.
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Outro indicador que preocupa é o consumo de gordura saturada: 28,7% da população da cidade não dispensam a carne gordurosa e 45,9% consomem leite integral regularmente. Os refrigerantes também têm consumidores fieis – 25,2% dos catarinenses tomam a bebida ao menos cinco vezes por semana. A pesquisa revela também que 43,1% da população de Florianópolis praticam atividade física.