Passagem de navegadores, antes mesmo de ser chamada de Vila de Desterro, Florianópolis era reduto de descanso, apreciação à natureza de “beleza sem par” e própria para um “poema ao luar”, como já recitava o poeta Zininho no hino da capital, o Rancho de Amor à Ilha.

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Em alusão aos 350 anos da capital catarinense, a NSC promove o projeto Floripa Faz Bem, uma homenagem à cultura e história local, que se destaca hoje com títulos que vão além da Ilha da Magia. Floripa também é uma cidade inteligente, é a Ilha do Silício, em referência ao ecossistema de tecnologia e inovação. Mas a qualidade de vida como um todo continua sendo o ponto forte. Com índices de segurança, saúde e desenvolvimento econômico, Floripa conquista o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) municipal entre as capitais, com pontuação de 0,847 – sendo 1 o nível mais alto.

Seja o aguardo do desaparecer das cores exuberantes dos raios de sol no Sambaqui, as disputas sobre os atributos do melhor time – seria Avaí ou Figueirense? – a história marcada em sítios arqueológicos, as desbravadas trilhas que chegam a uma visão panorâmica ainda melhor do que o caminho, o balanço das ondas do mar avistadas à luz da lua em uma das dezenas de praias para ninguém colocar defeito… Tudo isso move o coração não só dos moradores da Ilha e do Continente, mas também quem vem “dar uma passadinha” e acaba ficando por aqui. Sabe o que mais atrai? O próprio manezinho, reconhecido pelo carinho e hospitalidade.

Ó lhó lhó: O que faz um manezinho

Afinal, quais as características de um bom manezinho, seja da Ilha ou do Continente? A receptividade, a hospitalidade e a simpatia são relatadas como grandes destaques por turistas, pois o manezinho tende a querer agregar, fazer amigos com facilidade, incluindo quem chega, para que se sintam em casa. O jeito manezinho é leve, brincalhão e com um olhar mais atento às belezas naturais, visto que estamos rodeados de incontáveis opções, segundo Moriel Adriano da Costa, músico e cantor no Dazaranha e humorista com o personagem Mané Darci.

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— O que eu classificaria também como característica manezinha é que o manezinho “tira onda”, é um povo brincalhão, tem um português muito peculiar, esse dialeto, essa originalidade que tem tanta identificação, porque é de verdade nosso jeito de falar, de se expressar. Ainda, é um povo muito honesto, pelo menos de onde nasci.

Moriel aponta ainda um atributo do povo local, o que considera uma forte qualidade, é a felicidade, o que não poderia ser muito diferente, com a qualidade de vida proporcionada na região. Afinal, aqui é terra de toda a gente, aqui , onde “dia lindo a gente faz”, como também já canta o “Daza”, na música de mesmo nome.

— Por nascer onde nascemos e viver do jeito que a gente vive, não sabemos ser pouco ou muito felizes, porque a gente vive a própria felicidade por estar na nossa cidade. É um lugar que entrega muito. É um ambiente que entrega tantas características como lagoas, praias, manguezais, montanhas, até neva a uma hora e meia de Florianópolis. Consigo decifrar em uma frase. O que eu gosto da ilha é de não sair. Se eu saio, eu volto porque eu gosto daqui — afirma Moriel/Mané Darci.

Moriel/Mané Darci (Foto: Thiago Mangrich)

Na visão do artista, outra característica local marcante é a gastronomia típica, com a cultura açoriana de aprimoramento da culinária de frutos do mar. Ostras, mariscos, lula, peixes – incluindo uma deliciosa tainha assada – são marca registrada dos restaurantes e das mesas das famílias que estão na capital catarinense

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— Quando passa um dia na ilha, come um peixe bem gostoso, toma um banho de mar, isso marca a vida de quem vem para cá.

Moriel faz parte do Dazaranha desde o primeiro ano da banda, em 1992 e também possui o personagem Mané Darci desde 2010. Sempre gostava de imitar o manezinho e a galera gostou da brincadeira. Hoje, o humor virou show de stand up comedy, com situações criadas, mas também relatos de amigos e conhecidos. Além disso, as composições do Daza trazem diversos elogios e alusões aos atributos do manezinho e belezas da capital catarinense. Segundo o artista, as letras de “Ô, mané”, “Tribo da Lua”, “Vagabundo Confesso” e “Salão de Festas a Vapor” falam bastante sobre o assunto.

A Ilha da Magia é relatada em canções e contos, sendo os mais conhecidos os de Franklin Cascaes, mas as histórias permeiam também as lendas urbanas, como os fantasmas que rondavam a Fortaleza de Anhatomirim ou o salão de festas das bruxas da Praia de Itaguaçu, com pedras que parecem flutuantes e seriam o cenário para um encontro mágico.

Em meio às lendas de criaturas místicas na Ilha da Magia, outra história envolve as belezas naturais da capital, e uma trama de amor, traição e duas lagoas queridas pelos manezinhos e turistas, a da Conceição e a do Peri.

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Saiba mais curiosidades sobre a capital catarinense no canal Floripa Faz Bem.

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