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Equipes da Fundação do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram) e da Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap) programam para quarta-feira uma força-tarefa para a retirada das algas acumuladas na Lagoa da Conceição. A decisão foi tomada em uma reunião nesta segunda-feira com representantes dos dois órgãos.

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De acordo com o presidente da Comcap, Wilson Cancian Lopes, serão utilizados um ou dois caminhões e dez funcionários para remoção do material, que deve ser aproveitado no programa de compostagem da companhia. Os trabalhos podem ter a data alterada conforme as condições do clima.

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A equipe do biólogo da Floram Luiz Pazini Figueiredo fará uma análise preliminar da lagoa nesta terça-feira às 15h30min a partir da rua Osni Ortiga. O objetivo é planejar a remoção das algas.

Figueiredo explica que a alga acumulada é da espécie alface-do-mar (ulva lactuca). Ela se desenvolve em ambientes ricos em nitrogênio e potássio, e os dejetos despejados na lagoa podem contribuir para seu desenvolvimento.

Apesar de não oferecer riscos à população, o crescimento dessa alga, explica Figueiredo, pode trazer prejuízo para a fauna da lagoa. Além disso, o material em decomposição causa forte cheiro, e o aspecto ruim incomoda moradores e turistas que frequentam o local.

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Outro fator apontado pelo biólogo é que a Lagoa da Conceição pode estar com alto índice de salinidade:

– As algas ali acumuladas são mais comuns em mares – explica.

De acordo com Figueiredo, o objetivo é fazer nesta semana a remoção das algas, mas não apenas próximo à margem. A equipe da Floram pretende conseguir lanchas e barcos para a retirada completa do material do meio da lagoa.

O biólogo afirma, no entanto, que essa ação é uma solução paliativa:

– O ideal mesmo seria acabar com o despejo de esgoto no local.