Barracas de comerciantes devem ser retiradas da praia da Galheta, no Leste de Florianópolis, na manhã desta segunda-feira. Os comerciantes questionam o motivo da decisão a pouco menos de uma semana do Carnaval, quando há maior movimento nas praias.

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Segundo a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram), os estabelecimentos que funcionam em Área de Preservação Permanente já foram notificados e serão fechados. Além das barracas na Galheta, os estacionamentos na praia Mole – instalados em áreas de restinga e duna- também estão na mira do órgão.

Os comerciantes haviam recebido autorização para funcionar no local. Após recomendação do Ministério Público, a Floram revogou a liberação e notificou os comerciantes.

De acordo com Silvio Ferreira, que trabalha na praia há cinco anos, os comerciantes receberam uma autorização provisória que prevê o funcionamento até o dia 20 de março. Segundo ele, todos têm alvará de compensação ambiental para a manutenção do Parque Municipal da Galheta.

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– Questionamos a legitimidade da decisão. Desde a legalização do comércio no local, cuidamos da segurança e limpeza da praia para atender os turistas e moradores. Antes das barracas, a praia tinha um histórico de assaltos à mão armada e tentativas de violência sexual, por ser mais deserta. Estamos a uma semana do Carnaval. Teremos prejuízos financeiros porque todo mundo já comprou estoque.

Os donos das barracas procuram o Diretor Superintendente Gerson Basso na semana passada para tentar negociar a data de fechamento, mas não foram recebidos. Nesta segunda-feira, eles pretendem convocar os frequentadores da praia para fazer uma manifestação e impedir a retirada das barracas.