A Nicotiana azambujae, que ficou mais de 70 anos “desaparecida”, pode ser reintroduzida ao meio ambiente em Santa Catarina e pesquisadores que atuam na área de botânica estudam como fazer isso, segundo informações do g1 SC.
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A flor que tem cerca de 30 centímetros foi fotografada na Cachoeira da Magia, em Rio do Sul, no Vale do Itajaí. O registro foi feito em outubro do ano passado, mas um mês depois de ter sido reencontrada, as plantas morreram e não foram mais vistas na área.
— A planta era apenas conhecida por uma única amostra datada de 1948, colhida em Brusque e já fazia 73 anos que ninguém a tinha visto. Como já foram feitas várias buscas do tipo na localidade, se acreditava que estava extinta — disse o biólogo mestre em botânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e consultor em curadoria do Herbário Barbosa Rodrigues em Itajaí Luís Adriano Funez, em entrevista ao g1 SC.
A planta pode ter substâncias ativas importantes para a indústria ou para a medicina. De acordo com Funez, a Nicotiana azambujae foi “redescoberta” no projeto “Biodiversidade do Alto vale do Itajaí”.
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Durante o trabalho, cinco capsulas de plantas diferentes foram colhidas com aproximadamente 500 sementes que viraram mudas no Horto Florestal da Universidade para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajai (Unidavi). Na segunda visita, as plantas não foram encontradas mais na área.
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— Felizmente as mudinhas cresceram muito bem e já estão até produzindo novas sementes, o que deve garantir um futuro a essa espécie — explica Funez.
Para que a espécie seja reintroduzida na natureza, o biólogo diz que é preciso ampliar a pesquisa para entender melhor a biologia da planta.
— Também podemos pensar em curto prazo a reintrodução da espécie na natureza, uma vez que elas se mostraram muito prolíferas, o que é muito contraditório para uma espécie que ficou 73 desaparecida — afirma.
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