Faltou qualidade a Flamengo e América-MG para justificar o alto valor do ingresso (R$ 140) pago pelos rubro-negros que lotaram o Kléber Andrade, em Cariacica (ES). A vitória magra de 1 a 0, com gol de pênalti de Everton, serviu para encaminhar a classificação do Flamengo, líder do grupo C, com seis pontos, para a próxima fase da Primeira Liga.
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No geral, o jogo foi bastante sonolento. Poucas chances de gol criadas pelos dois lados e muita monotonia. O Flamengo manteve a posse de bola durante boa parte da partida, mas é bom deixar claro que isso não significa que o time de Muricy Ramalho tenha jogado bem. A dificuldade na saída de bola foi visível. Consequentemente, foram poucas as oportunidades de marcar. Se não fosse o pênalti convertido por Everton, a chance de o placar não sair do zero seria grande.
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Talvez as três mudanças no time titular tenham contribuído para isso. Além do estreante Cuéllar, Gabriel e Everton também começaram a partida. Willian Arão e Marcelo Cirino, poupados, ficaram no banco de reserva, e Emerson Sheik sequer viajou, também preservado. O colombiano, ainda desentrosado e longe da forma ideal, foi bem participativo. Tentou, de várias formas, contribuir na saída de bola, ainda que tenha errado alguns lançamentos.
O América-MG, que pouco jogou no primeiro tempo, se arriscou um pouco mais no ataque durante a etapa final. Deu trabalho a Paulo Victor em alguns poucos momentos, mas também se expôs, já que precisava da vitória para manter vivas as chances de classificação, algo que agora ficou bem complicado.
De volta ao Flamengo, fica claro que Muricy Ramalho ainda tem muito a ajustar na equipe, principalmente no meio de campo, onde há uma espécie de vácuo entre os jogadores com características defensivas e os de função ofensiva. A vitória, evidentemente, foi de suma importância, mas deixou um gosto amargo de que precisa melhorar muita coisa.
* Lancepress