A Federação Internacional de Vôlei (FIVB) anunciou na quinta-feira uma mudança importante na regra de campeonatos realizados pela entidade. A partir de 1º de janeiro de 2011, os times poderão fazer a substituição de líberos durante todo o jogo. A decisão foi tomada durante um congresso em setembro, em Roma (ITA), durante o Mundial masculino, no qual o Brasil foi tricampeão.
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Anteriormente, a alteração era permitida, mas só podia ocorrer uma vez. Se o líbero titular saísse de quadra, não poderia voltar. Para Camila Brait, líbero do Sollys/Osasco e reserva da seleção brasileira, a mudança não trará tantos benefícios para jogadoras que, como ela, são suplentes.
– Não sabia dessa mudança, e, sinceramente, acho que não mudará nada para mim. Mesmo sendo permitida esta troca, acredito que os treinadores não vão abrir mão de uma jogadora de ataque no banco para relacionar duas líberos entre as 12 possíveis – disse.
No Mundial, Camila esteve entre as 14 convocadas da seleção, mas foi relacionada apenas uma vez, contra o Quênia, logo na estreia do Brasil na competição. Para que a nova regra surta algum efeito, a líbero acredita que outra mudança deva acontecer, desta vez no número de atletas que podem ser relacionadas.
– Com 12 é difícil o líbero reserva jogar ainda. O ideal é que a FIVB permitisse que 13 ou 14 atletas fossem relacionadas. Aí talvez a minha chance na seleção, por exemplo, aumentaria – afirmou.
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Fabi, titular da seleção, também não acredita que a regra abrirá espaço para as suplentes, mas elogiou a medida tomada pela Federação (veja abaixo).
– É mais jogador apto para ajudar as seleções – disse.
Além da permissão de mudança do líbero nas partidas, a FIVB anunciou que, quando o líbero não puder jogar, o técnico poderá escolher outro atleta para a função. Antes, essa troca só acontecia em casos de lesão. Agora, basta o treinador optar por esta escolha, sem justificar.