Para ser uma atleta de fisiculturismo, não basta apenas ser forte fisicamente, mas também é preciso ter resiliência mental. Para seguir com o sonho de representar o Brasil no Mr. Olympia, principal competição da modalidade do mundo, a catarinense Suellen Thays Machado, de 27 anos, precisa superar o preconceito e enfrentar uma dupla rotina como atleta e empresária.

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Moradora de Jaraguá do Sul, a atleta participou do Mr. Olympia Brasil 2024, maior evento de fisiculturismo do país, no último mês, e conquistou dois troféus: terceiro lugar na categoria Figure e segunda colocação na Womens Physique.

— Eu imaginava um terceiro lugar, mas o segundo no Womens Physique eu não esperava por ser uma estreia. Fiquei emocionada — conta Suellen.

Fisiculturista Suellen Thays Machado no Mr. Olympia Brasil 2024

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Mesmo com o pódio, ela não conseguiu garantir o pro card (cartão profissional, em português), uma certificação oficial que confere o status de atleta profissional de fisiculturismo e credita para tentar participar de torneios fora do país.

O sonho, porém, permanece. Há cinco anos no esporte, atualmente ela vive uma dupla rotina entre os treinos na academia e o empreendimento de cookies. Para agregar na renda financeira, Suellen abriu a loja de doces Cookies da Monstra, que ela mesma cozinha.

— Toda vez que eu tinha refeição livre na minha dieta, fazia receita de cookies. Até que comecei a vender e deu certo. Vendo pelas redes sociais e coloquei a loja no aplicativo de comida — explica.

Ainda, ela precisa conciliar as atividades com o curso de Educação Física e o trabalho em uma academia. No entanto, o desafio é o que move a fisiculturista. No próximo dia 23 ela participa da 22ª edição do Sul Brasileiro de Fisiculturismo, em Camboriú. O evento vale classificação para campeonatos nacionais do calendário de 2025, onde Suellen tenta mais uma vaga para garantir o pro card.

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Fisiculturista precisou superar o preconceito

Natural de Blumenau, Suellen Thays iniciou com 18 anos na academia, ainda fora do fisiculturismo, em uma tentativa de mudar o corpo que tinha.

— Eu sempre gostei de treinar e queria mudar o meu corpo, me achava “gordinha”. Também sempre admirei mulheres fortes, eram uma inspiração para mim — conta a atleta.

Hoje, mesmo sendo uma inspiração para outras mulheres, ela precisou encarar o preconceito.

— As mulheres fisiculturistas sofrem muito preconceito, é fora do padrão da sociedade, as pessoas ficam olhando e comentando — disse.

Empresária, atleta e estudante, Suellen segue com o sonho vivo de representar o Brasil em campeonatos mundiais de fisiculturismo.

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