A paixão pela atividade física, a busca pelo corpo perfeito e o gosto de competição que o ser humano tem, aliados, mudaram a rotina de duas mulheres do Vale do Itajaí: Cristina e Angela. Uma é atleta amadora. Outra fez disso uma profissão. Elas são um exemplo de que, aos poucos, o fisiculturismo deixa de ser uma atividade exclusivamente masculina. E a mudança de regras, com a criação de novas categorias, fez com que mais mulheres buscassem a modalidade em busca de troféus que premiam o corpo considerado perfeito.
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O crescimento da modalidade tem quebrado uma série de preconceitos. O principal deles ainda está ligado ao fato de alguns atletas usarem substâncias como anabolizantes e esteroides para conseguir resultados mais rápidos e que têm como consequência problemas graves de saúde (confira no gráfico abaixo verdades e mitos a respeito deste esporte). Para atletas e profissionais do meio, o que falta é informação.
A gerente de marketing Cristina Stephany Junges, 28 anos, de Gaspar, passou por isso na família. Quando decidiu focar os treinos na academia para participar de uma competição de fisiculturismo, chegou a ser advertida por parentes. Hoje, depois de todo mundo conhecer o que representa a modalidade, ela encontra apoio em casa e com clientes e amigos.
– O que falta é informação para as pessoas. A partir do momento em que elas conhecem o esporte e veem como realmente funciona, o preconceito vai embora – conta Cristina.
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A fisiculturista amadora já costumava frequentar academia. Ao acompanhar uma competição, conheceu a modalidade Bikini, criada há 10 anos e que valoriza mais as curvas femininas. Apaixonou-se e resolveu que queria competir. Depois de quatro meses de treinos específicos, teve a primeira conquista: o título no Campeonato de Estreantes da Federação de Culturismo de Santa Catarina (IFBB/SC).
– Quando eu pisei no palco, me senti realizada – resume.
A rotina dela de treinos é quase diária. Seis dias por semana, ela vai até a academia depois do expediente e faz entre 50 a 60 minutos de exercícios, além de ir três vezes por semana de manhã para atividades aeróbicas. É claro, há uma rigorosa dieta. Coisas das quais não se arrepende. Pelo contrário:
– Eu me alimento muito bem e não sinto fome. O que sinto é desejo de comer alguma coisa diferente, mas isso consigo controlar. Para conseguir o que quero, é normal abrir mão de algumas coisas.
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