Separados por três lombadas eletrônicas em pouco mais de quatro quilômetros de distância, moradores e comerciantes aos arredores do trevo de acesso a Gaspar, na BR-470, divergem de opinião quase um ano depois da instalação dos equipamentos. Alguns acreditam que elas trouxeram mais segurança à rodovia.

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Os demais juram que a desobediência dos motoristas à sinalização ainda provoca riscos. Mas o fato é que os redutores eletrônicos de velocidade instalados no ano passado na rodovia causaram a redução de 42% no número de mortes. Em 2011, o ano mais violento da 470, foram 165 mortes. Em 2012, o total de fatalidades caiu para 95, número mais baixo em nove anos.

Apesar da queda significativa, no raio de 500 metros dos 31 trechos monitorados pelos radares e por lombadas eletrônicas, de Navegantes a Pouso Redondo, houve ainda 30 mortes nos últimos 12 meses. Nos mesmos pontos, houve 68 mortes em 2011 – foram 33 só no primeiro semestre -, quando nenhum equipamento estava ativo nos locais. Desde 2004, as vítimas fatais da rodovia superam uma centena. O registro mais baixo ocorreu em 2003, quando 69 vieram a óbito.

E 2013, que mal começou, já teve a primeira morte registrada. Na manhã do primeiro dia do ano, o ciclista Dalson Santos Rosembrock, 55 anos, morador de Navegantes, foi atingido por um Gol com placas de Blumenau, no acostamento do Km 11,8.

Testemunhas de grave acidente percebem mudanças

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No Posto Pioneiros, cujas câmeras de vigilância registraram o momento da colisão entre um van escolar e um caminhão no trevo de Gaspar, em setembro de 2011, que matou quatro adolescentes e uma professora, os funcionários observam hoje o aumento da segurança no trecho.

O acidente provocou a rapidez da instalação no local, no Km 37, da primeira das três lombadas eletrônicas que operam no trecho.

– Acidente grave não deu mais, mas de vez em quando dá batidas com prejuízos materiais apenas. O pessoal reduz, mas só respeitam quando estão bem em cima da lombada – descreve o gerente operacional Florisval Gomes.

Na opinião dos moradores, a outra delas, instalada no Km 36, não ampliou a segurança como esperado.

– Acho que esta tá errada. Deveria ser recuada mais uns 500 metros. Por aqui tem travessia de pedestres, e os motoristas vêm a 100 Km/h antes de reduzir – contesta o comerciante Lindomar de Sousa.

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