A fiscalização aos estabelecimentos do Centro Histórico de Florianópolis deve aumentar após o conflito entre policiais militares e pessoas que ocupavam a rua Vitor Meirelles na madrugada desta sexta-feira (1º). A decisão decorre da reunião do início desta tarde entre moradores, policiais civis e militares, Ministério Público, prefeitura no Comando Geral da PM.

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Nesta madrugada, conforme a PM, oito ligações em 40 minutos ao 190 relataram perturbação do sossego no local.

— Depois do bloco de carnaval que teve no Centro, a multidão se reuniu na rua (Vítor Meirelles), só que não era um som só, eram vários carros com som, eram pessoas andando pela multidão com caixinhas de som até quando ocorreu esta atuação da Polícia Militar. Infelizmente, tem que chegar a este ponto, mas ainda depois da atuação da PM continuou o barulho – relatou a advogada Eloise Rodrigues, que mora no Centro Histórico.

Ao ser questionado sobre os relatos de que os policiais podem ter se excedido ao confrontar as pessoas que estavam no local, o secretário de Segurança Pública do Estado, Coronel Carlos Alberto de Araújo Gomes Junior, explicou que a PM segue padrões internacionais para o uso da força.

— A melhor maneira de evitar problemas como este é reunir envolvidos para buscar uma solução e para que intervenções com uso da força não sejam mais necessárias — explicou.

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Tanto prefeitura quanto comerciantes afirmam que a perturbação do sossego não é causada por frequentadores dos bares.

—São atividades alheias aos estabelecimentos, porque se reúne um público muito grande nos arredores, que traz sua própria comida e bebida, traz som e promovem todo um desgaste. Os bares fecham e esse pessoal ocupa de forma desordenada a região —disse o diretor de articulação da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Hélio Leite.

— Os bares tem cumprido os alvarás, o problema é com gente que não é o público do bar, um problema de ordem pública em que a PM tem a competência para atuar —disse o secretário municipal de segurança Alceu de Oliveira Pinto.

Na reunião desta tarde ficou decidido também que bares, restaurantes e ambulantes do Centro Histórico terão alvarás de funcionamento e limite de horário para permanecer em atividade verificados por fiscais da prefeitura. Outra decisão foi a realização de uma campanha para conscientizar a população sobre os limites do som em ambientes públicos.

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Um grupo Rede de Vizinhos também será criado para troca de informações entre moradores e para evitar conflitos relacionados ao som alto. Durante a reunião também ficou acertado que a PM marque presença na região no início da noite para evitar aglomerações de pessoas que possam resultar em ocorrências policiais.