A maioria da população desconhece o trabalho dos fiscais federais agropecuários. Essencialmente são profissionais que desenvolvem suas atribuições junto à cadeia produtiva de alimentos, seja de origem animal ou vegetal, e na proteção das fronteiras nacionais contra a entrada de doenças e pragas exóticas que atacam animais e plantas evitando prejuízos à agropecuária nacional. Inspecionam e fiscalizam os insumos agropecuários, como sementes, mudas, adubos, fertilizantes, rações, medicamentos de uso veterinário, carnes e derivados, leite, mel e pescados. Atuam na melhoria da qualidade, classificação e na elaboração de padrões de identidade para grãos e farináceos, bebidas em geral, vinhos e produtos orgânicos. As atividades se estendem ao acompanhamento dos registros genealógicos dos rebanhos e, na área vegetal, no registro para proteção de cultivares.

Continua depois da publicidade

Recentemente as ações dos fiscais tiveram repercussão na mídia quando detectaram fraudes em produtos que se destinavam à mesa dos brasileiros. A operação Leite Compensado foi realizada no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná, simultaneamente, com o Ministério Público, e desmontou um processo fraudulento no leite no qual se adicionava água, soda caústica, formol e outros produtos. Visavam auferir lucros indevidos em detrimento aos direitos e à saúde do consumidor.

Em conjunto com a Polícia Federal, também foi desencadeada a operação Poseidon, para combater a fraude nos pescados. Em Itajaí, embalava-se uma espécie de peixe e no rótulo se menciona outra, nobre e de maior valor comercial, com evidente prejuízo ao consumidor. Em outras ações, com o MP, os fiscais, utilizando de análises laboratoriais, detectaram a adição do antibiótico natamicina em vinhos, substância não permitida neste produto.