Os fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego resgataram na quarta-feira 12 trabalhadores rurais submetidos a situação degradante em lavouras de laranja em Engenheiro Coelho, na região de Campinas, em São Paulo. Os 12 trabalhadores são de Alagoas e nenhum deles portava atestado de liberação para trabalho em outro Estado.
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Segundo nota da Secretaria Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo, os migrantes trabalhavam em regime semelhante ao de escravidão. Eles dividiam um único cômodo, suficiente para abrigar quatro pessoas, e sete deles dormiam no chão. O cômodo, segundo a secretaria, pertencia a um dos produtores de laranjas para quem eles trabalhavam.
De acordo ainda com a secretaria, os trabalhadores não portavam equipamentos de proteção individual e sofriam com a precariedade do transporte e falta de água potável. Em relatos aos fiscais, os migrantes disseram que eram sempre cobrados pelos produtores por dívidas com a viagem de Alagoas para São Paulo e também pelo fornecimento de moradia e de alimentação.
O proprietário da fazenda e o condomínio de produtores de laranja terão que custear a passagem de volta dos migrantes para Alagoas e fazer o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 1 mil para cada trabalhador. As frentes de trabalho na lavoura de laranja foram interditadas.
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