Na próxima quarta-feira, o prefeito Cesar Souza Júnior apresenta o novo edital de licitação e o Sistema Integrado de Mobilidade (SIM). Mas nada deve mudar até, pelo menos, agosto do ano que vem, quando a nova empresa ou o consórcio de empresas deve assumir a operação do sistema, em um contrato de 20 anos.
Continua depois da publicidade
Confira abaixo alguns pontos que farão parte do pacote de medidas da gestão atual para tentar diminuir o problema de mobilidade urbana em Florianópolis:
1) Tarifa/Preço
– Para estar habilitada a concorrer ao novo edital de licitação, a empresa ou consórcio de empresa vai ter que apresentar um plano de negócios que combine a melhor proposta técnica com o menor preço da tarifa.
Continua depois da publicidade
– O limite máximo do valor, que a prefeitura promete manter até 2016, é de R$ 2,60. O usuário paga hoje R$ 2,70 (cartão) e R$ 2,90 (dinheiro).
– A tarifa pode subir, ao longo dos 20 anos de contrato, desde que a empresa justifique o aumento baseado na qualidade do serviço e não na tabela de custos como é atualmente.
2) Integração entre os terminais/tempo de espera
– Com apenas uma passagem, a integração vai ser feita nos pontos de ônibus, sem tempo máximo de tolerância entre uma linha e outra (atualmente é de 20 minutos).
Continua depois da publicidade
– A integração entre os terminais vai ser mantida. O sistema permite a integração de outros meios de transporte, como o teleférico.
– Os ônibus executivos (amarelinhos) vão estar integrados aos ônibus convencionais.
3) Tecnologia/ Sala de controle/aplicativo para celular
– A empresa ou consórcio de empresas vencedor no edital tem 12 meses para criar o Sistema de Apoio à Operação (SAO): um centro de controle para monitorar todos ônibus e terminais em tempo real.
– Em qualquer ponto de ônibus, o usuário vai saber quanto tempo falta para o veículo chegar, por meio de aplicativos de celular e tablet.
Continua depois da publicidade
– Os veículos terão computador de bordo, display interativo do motorista, cabos, antenas, conectores, software embarcado, painéis interiores de LED para informações ao usuário e câmeras de segurança.
Veja as outras reportagens da série:
>> Como a falta de integração Ilha-Continente prejudica quem pega ônibus na Grande Florianópolis
Continua depois da publicidade
>> Rotina e condições de trabalho de motoristas e cobradores nos terminais da Grande Florianópolis
4) Novos terminais/Reativação
– Um comitê da Secretaria de Mobilidade estuda a possibilidade de ativar o Terminal de Capoeiras para represar no Continente os ônibus intermunicipais vindos de Biguaçu, São José e Palhoça.
Continua depois da publicidade
5) Frota/Acessabilidade dos ônibus
– A frota será de 447 ônibus convencionais e 70 executivos (os amarelinhos), todos com acessibilidade para pessoas com necessidades especiais.
6) Como cobrar melhorias/ouvidoria
– Além de um site, a proposta é que o usuário fique conectado com o centro de controle (SAO) por telefone, SMS e aplicativos com interação direta com quem opera o sistema.
– A prefeitura prevê um maior controle sobre o sistema. A promessa é que as greves e paralisações sejam impedidas por punições mais severas à empresa que vencer a licitação.
Continua depois da publicidade
7) Ligação Ilha-Continente
– As linhas atuais serão mantidas em um primeiro momento, mas o novo sistema deve ser mais flexível. A ideia é que o usuário faça a reclamação e a central de controle decida em pouco tempo mais ônibus ou implantação de mais linhas circulares no Continente, por exemplo.
8) Faixas exclusivas
– A rua Deputado Antônio Edu Vieira, no entorno da UFSC, deve receber corredor exclusivo para ônibus. São os chamados BRT (Bus Rapid Transit). Os recursos viriam do PAC-2 e a licitação está prevista para este ano.
9) Pendências/Obras do PAC/S.I.M
– BRTs no Norte, no Sul e no Continente (Avenida Governador Ivo Silveira).
– Teleférico ligando UFSC ao Ticen, integrado aos BRTs.
– Elevado no Rio Tavares (SC-405), no Sul da Ilha, está previsto para ser licitado até o fim do ano.
Continua depois da publicidade
10) Prazos
– Até o final do ano a empresa ou consórcio que vai operar o transporte na Capital deve ser conhecido.
– Até agosto de 2014, a empresa que assinar o contrato vai ter para colocar a frota na rua. Os contratos atuais, que seguem em caráter de urgência desde fevereiro de 2009, seriam rompidos.
– O prazo estimado da prefeitura é que o Sistema Integrado de Mobilidade seja implantado ao longo de 30 anos.
Continua depois da publicidade