As 2 milhões de doses da vacina Oxford-AstraZeneca, desenvolvida na Índia em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), seguem para os estados na tarde deste sábado (23). Elas chegaram ao país na noite desta sexta-feira (22), transportadas em um avião da Azul até a Base Aérea do Galeão. Santa Catarina deve receber 47.500 frascos.
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Os caminhões começaram a sair com as vacinas no início desta tarde. As últimas doses sairão da Fiocruz por volta das 16h, quando está prevista uma coletiva de imprensa. Na solenidade algumas pessoas serão vacinadas simbolicamente, como o infectologista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Estevão Portela e a médica pneumologista do Centro de Referência Professor Helio Fraga, da Fiocruz, Margareth Dalcolmo.
As vacinas prontas foram fabricadas pelo Instituto Serum, na Índia, e eram aguardadas desde sábado (16), mas tiveram atraso. O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, recebeu o lote em solo brasileiro, ao lado dos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e das Comunicações, Fábio Faria.
Também estavam presentes o embaixador da Índia, Suresh Reddy, e a presidente da Fiocruz, Nisia Trindade.
— A encomenda tecnológica prevê 100 milhões de doses para o primeiro semestre. Essas 2 milhões são apenas o início. É o começo do processo. O objetivo do Ministério da Saúde é a vacinação em massa do povo brasileiro —, disse Pazuello.
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Para a presidente da Fiocruz, a chegada da vacina é uma vitória da ciência.
— Neste momento de perdas, ter a vacina é uma esperança que vem da ciência, que vem do Sistema Único de Saúde. É uma vacina com 70% de eficácia e que poderá ser administrada no intervalo de 12 semanas. Isto será muito importante para o nosso sistema de saúde —, ressaltou Nísia Trindade.
Fiocruz
Da Base Aérea, as vacinas seguiram em caminhões refrigerados para o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), para checagem de qualidade e segurança, além de rotulagem, com etiquetagem das caixas com informações em português.
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Toda a logística de distribuição ficou sob a responsabilidade do Ministério da Saúde, por meio do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.