O mercado financeiro foi monopolizado por determinados bancos durante muitos anos. Mas foi só aparecer uma brecha para que aqueles que já flertavam com o setor há mais de 10 anos pudessem crescer, trazendo inovação e novas tecnologias para o ramo.

Continua depois da publicidade

Este é o caso do Bernardo Carneiro, sócio de uma das principais fintechs do país, que aproveitou as principais falhas do sistema existente para crescer no mercado.

— Percebemos três importantes pilares para nos basear e que eram as principais dores de quem depende do mercado financeiro. A primeira delas foi inverter uma lógica que perdurou por anos: o empreendedor antes precisava ir à uma instituição financeira, mostrar interesse e esperar por uma avaliação e aprovação de investimento. Nós fazemos o contrário — conta.

Outra dor do consumidor percebida por Bernardo está relacionada à qualidade do atendimento. Apesar de ser uma empresa de tecnologia, ele abandonou os robôs e bots de atendimento para humanizar esse setor da empresa.

Por último, apostou em ser uma empresa de tecnologia aberta.

Continua depois da publicidade

— Esse é um mercado que sempre foi fechado e nós sempre criticamos isso. Então, decidimos abrir para que outras fintechs usem a nossa tecnologia. Eu não quero ser uma empresa de maquininha, então ofereço minha tecnologia para que grandes empresas de maquininha, com know-how nesse segmento, utilizem nossas soluções tecnológicas e façam isso bem feito. A mesma coisa para entretenimento, gastronomia ou turismo — comenta Bernardo.

Tecnologia catarinense

Além de buscar no mercado parceiros para compartilhar a tecnologia da empresa, Bernardo aposta no investimento de startups e outras companhias de desenvolvimento e dados. E, nesse contexto, Santa Catarina ganha destaque.

— É um dos estados em que mais investimos e que tem um potencial impressionante. E não é só Florianópolis. Temos investimentos em Brusque, Joinville, Blumenau. Estamos aumentando nosso polo aqui e contratando muitos daqui — comenta Bernardo, com entusiasmo.

Segundo o sócio da fintech, o Estado tem outro importante potencial: a transformação cultural.

— Esse ecossistema de tecnologia é tão forte por aqui que vemos uma influência importante inclusive na educação, com um ministério muito voltado ao empreendedorismo e inovação. Essa é a receita perfeita e nós vamos acompanhar de perto — finaliza Bernardo.

Continua depois da publicidade

O Startup Summit é uma iniciativa do Sebrae. Veja aqui a cobertura completa do evento.