Os juros do crédito imobiliário no Brasil devem subir por influência da crise global, admitem representantes do setor. Mas a turbulência não deve comprometer as operações, já que as principais fontes do recurso são internas: o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a poupança.
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Os bancos confirmam. “O aumento dos juros é algo que pode ocorrer com a crise”, diz Luís Antonio França, presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). Além disso, a fonte pode secar rápido. Segundo previsões da entidade, os recursos da poupança devem se esgotar em dois anos.
– Temos uma fonte finita, mas ela vai suprir as necessidades do mercado por enquanto- afirma França. O assunto já foi motivo de discussão do setor com o governo federal.
Para João Crestana, presidente do Sindicato das Empresas de Compra e Venda de Imóveis (Secovi), o aumento dos juros é esperado, mas deve ser evitado.
– Temos argumentado frente aos bancos que o aumento é descabido, dado o fato que o custo da captação da poupança continua de 6% e, do FGTS, de 3% mais TR.
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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.