Em uma fase que a informação possui cada vez mais velocidade e alcance, o Financial Times está mudando a sua prioridade: sai do tradicional impresso e vai voltar suas atenções para o universo online. O novo posicionamento tem o objetivo de agregar novos assinantes ao conteúdo do jornal.

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No anúncio feito nesta segunda-feira, Lionel Barber, diretor do jornal, declarou que o FT vai entrar em negociação com o Sindicato Nacional dos Jornalistas (NUJ, em inglês) para a demissão de 35 dos 600 profissionais. Em seguida, a redação receberá o reforço de dez jornalistas que estarão focados na edição online.

Em nota direcionada aos funcionários – publicada na íntegra no jornal britânico The Guardian -, Barber fala sobre a redução de custos que um jornal impresso exige e a flexibilidade que a área online permite. As mudanças reduzirão os custos em 1,6 milhões de libras em 2013. A vontade do diretor aflorou após uma visita ao Vale do Silício, na Califórnia. Ele também falou das possibilidades que a internet oferece para aprofundar ainda mais os assuntos.

O jornal deve criar novos produtos e serviços online, para permitir a comunicação de forma mais dinâmica e interativa do que o estilo padrão do Financial Times.

A apresentação da nova estratégia do grupo Pearson PLC, detentora do Financial Times, sucede em dois anos o anúncio feito pelo britânico The Guardian de que passaria a apostar no espaço online. A mudança de perfil adotada pelo jornal foi uma medida para combater um prejuízo de 33 milhões de libras. Um ano depois, o veículo noticiava que a nova estratégia tinha “compensado largamente” a perda de receitas das vendas em papel.

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