Em uma decisão espetacular nos tubos de 2,5 metros de altura em Cloudbreak, na Ilha de Tavarua, nesta quinta, dia 3, o norte-americano Damien Hobgood bateu o atual bicampeão mundial, o havaiano Andy Irons, e faturou o título do Quiksilver Pro Fiji, a quarta etapa do World Championship Tour (WCT) – a elite do circuito mundial de surfe.
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A bateria decisiva registrou a maior pontuação em uma final da história da Associação dos Surfistas Profissionais (ASP): 19,90 a 18,96 pontos. Apesar da derrota, Irons está na liderança isolada do ranking, e subiu no pódio nas quatro etapas desta temporada. O havaiano ainda evitou a realização de uma inédita final entre os dois irmãos gêmeos da Flórida ao superar C. J. Hobgood na semifinal.
– Eu fiquei louco quando o Andy passou com o jet ski para pegar a prioridade na minha frente. Eu estava furioso e então ele pegou aquela “bomba” (se referindo à onda que rendeu nota 9 ao adversário) me deixando duas vezes louco. Só que a onda seguinte era maior ainda e eu consegui aquele 10 fantástico. Só lembro que fiquei em pé, ereto dentro do tubo – vibrou Damien.
– O Damien surfou uma bateria perfeita, a melhor da temporada. Eu tirei duas notas 9 e ainda assim fiquei em “combination” (quando o surfista precisa de duas ondas para virar a bateria). Estamos atingindo um nível incrível nesse ano. Quem sabe alguém ainda tire dois 10 numa bateria. É só isso que falta – comentou Irons.
Os melhores brasileiros no evento não passaram das oitavas-de-final e terminaram empatados em nono lugar: o pernambucano Paulo Moura perdeu para o australiano Mark Occhilupo, o cabo-friense Victor Ribas foi barrado por Andy Irons e o niteroiense Guilherme Herdy caiu diante do norte-americano Tim Curran.
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O próximo desafio do WCT 2004 é o Billabong Pro, nas longas e geladas direitas de Jeffrey’s Bay, na África do Sul, entre os dias 13 e 23 de julho.