A decisão do Campeonato Catarinense reúne os dois melhores times de Santa Catarina e também diversos tabus e peculiaridades. Um prato cheio para quem gosta de futebol. Como a eterna rivalidade entre o interior do Estado e a Capital, que mais uma vez está em evidência.
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A semana era para ser de mistério entre Joinville e Figueirense. Porém, ao invés de as atenções estarem voltadas para a final deste domingo, elas ficaram concentradas no TJD-SC, que através do procurador-geral Felipe Bogdan denunciou o JEC por relacionar no empate com o Metropolitano o jogador André Diego Krobel de forma irregular. Até chegar à decisão, a semana foi de incerteza e teve chance até da partida ser suspensa. O jogo foi confirmado, mas se houver empate, a FCF não poderá homologar o título.

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O Joinville não levanta uma taça do Catarinense desde junho de 2001. São 14 anos de jejum no Estado, algo que pode terminar neste domingo se vencer o Furacão. A torcida tricolor está motivada e esgotou os ingressos rapidamente. Os alvinegros também acabaram seus tickets no setor visitante e esperam que o Figueira quebre o tabu de sete anos sem vitórias na Arena Joinville. A última vitória em território joinvilense foi em janeiro de 2008, na segunda rodada do Estadual. Se conseguir vencer, o Figueirennse assume a hegemonia do Estado com 17 títulos.

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Existe uma rivalidade natural entre as cidades do interior de Santa Catarina com a Capital Florianópolis. Em campo, é a mesma coisa. Há uma rixa antiga e que motiva ainda mais as torcidas.
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Nos últimos encontros entre times do interior e da Capital, Floripa se deu melhor. O último triunfo de uma equipe do interior em uma decisão com uma equipe manezinha foi em 1993, quando o Criciúma derrotou o Figueirense. De lá para cá são nove finais e nenhuma vitória do interior. Esse tabu de 22 anos teve o primeiro reencontro em 1994, em uma decisão bem polêmica, afinal, ela só foi decidida nos tribunais.
Com gols de Ricardo, o Furacão quebrava um jejum de 20 anos sem título do Catarinense. A empolgação era tanta que os torcedores do Figueirense invadiram o campo aos 32 minutos do segundo tempo e o árbitro Dalmo Bozzano decidiu encerrar a partida. Depois de uma briga jurídica, o Alvinegro foi confirmado como o campeão. Em 1997, o Tubarão teve a oportunidade de quebrar esse jejum. Depois de empatar por 0 a 0 em casa, o time da Cidade Azul precisava vencer o Leão na Ressacada, mas Jacaré estragou a festa do equipe do Sul marcando os dois gols que deram a vitória para o Avaí. O interior e a Capital se reencontraram em 2003, quando o Furacão derrotou o Caxias, de Joinville.
O JEC é a equipe do interior que mais chegou em decisões com a dupla da Capital (três) nesses 22 anos e também a que esteve mais perto de quebrar esse tabu. No ano passado, depois de ter vencido o Alvinegro por 2 a 1 na Arena, o time de Hemerson Maria precisava de um empate no Estádio Orlando Scarpelli para ficar com o título. Porém, saiu derrotado e ficou, mais uma vez, sem a taça. Agora está mais uma vez nos pés dos atletas do Tricolor do Norte acabar com esse tabu. Para isso, precisará vencer ao lado de seu torcedor. Além disso, o Joinville está no melhor momento no século 21 – na Série A e sem dívidas.
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Esse tempo de jejum do interior sobre times da Capital foi positivo para o Figueirense, que nesse período disputou 10 decisões e só perdeu duas – a primeira para o Tigre, em 1993, e a última em 2012, para o Avaí. Assim, conseguiu dobrar o número de títulos estaduais e agora pode se tornar o maior campeão de Santa Catarina, com 17 títulos.
A rivalidade só tende a crescer, ainda mais agora que o futebol catarinense tem quatro representantes na Série A.

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A sobremesa dessa final é a hegemonia do futebol catarinense para o Figueirense e a retomada do JEC a luta pela liderança de título em Santa Catarina.
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Se vencer, essa será a 13ª taça do Joinville no Estado e ficará a três conquistas de empatar com o Alvinegro e com o Avaí em números de títulos do Catarinense.
Ser o maior vencedor do Estadual para o Furacão também significa bater uma disputa caseira com o Avaí, seu maior rival e que também tem 16 títulos.

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Na terça-feira, o JEC começa uma epopeia nos tribunais. A primeira parada é no TJD-SC e o caso pode chegar até no STJD, no Rio de Janeiro. A maior complicação jurídica será se a partida terminar empatada, porque o campeão não poderá ser homologado. Se o Joinville vencer, o Figueira poderá pedir a impugnação da final. Já se o Furacão ganhar, existem poucas chances de a disputa jurídica continuar.
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Hemerson Maria
O técnico tricolor chega a sua terceira decisão em Santa Catarina, todas contra o Figueirense. Em 2012, levou a melhor. No ano passado foi derrotado. Agora tem a chance de tirar o JEC da fila de 14 anos sem títulos do Campeonato Catarinense.
Argel Fucks
Multicampeão como jogador de futebol, Argel Fucks ainda busca seu primeiro título como treinador. Ele disputou uma decisão de Campeonato Gaúcho com o Caxias, porém, foi goleado na decisão pelo Inter e perdeu a taça.

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Tiago Luís e Dudu são os líderes em assistência de Joinville e Figueirense, os famoços garçons do futebol. Tiago está garantido na partida, afinal, é titular absoluto. Já Dudu pode pintar no time alvinegro, mas Argel faz mistério.
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