As temperaturas influenciam diretamente na qualidade e também no preço dos tomates em Caçador, no Meio-Oeste, que é o maior produtor catarinense. Com o fim do calor intenso,as frutas estão demorando mais para amadurecer e a oferta diminuiu no Estado, fazendo com que os produtores consigam receber até R$ 40 por caixa de 24 quilos.

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O valor é quase quatro vezes maior do que as cifras ganhas nas últimas semanas, quando uma forte onda de calor atingiu o Estado e acelerou a maturação, enchendo o mercado de tomates. Na época, o preço médio chegou a R$ 12 por caixa.

A reação da remuneração deve ajudar a recuperar os prejuízos, já que, por conta do clima, a safra também foi atípica em Caçador e deve ter redução de 20% em relação ao ano passado.

Conforme Amador Tomaselli, técnico da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), bacterioses de solo prejudicaram bastante a produção – em Caçador, há 750 produtores. Sofreram com as pragas principalmente aqueles que não têm acompanhamento constante de profissionais.

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– Vamos tentar estender a safra para recuperar o que foi perdido. Embora a maior parte dos frutos já tenha sido colhida, o próximo mês deve ser animador, já que os preços estão altos – explica Tomaselli.

No ano passado, a safra rendeu 82 mil toneladas de tomate nas plantações de Caçador. Por enquanto não há estimativa para 2014, mas, conforme mTomaselli, a probabilidade é que o número tenha uma redução signifi cativa por conta das pragas que atacaram as lavouras.

Ainda segundo o extensionista, quem é membro do Sistema de Produção Integrada de Tomate (Sispit) deve colher até 40% mais do que os outros. O programa, que é uma parceria entre a prefeitura de Caçador e a Epagri, dá auxílio técnico integral aos produtores.

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