César Deve Morrer
(Cesare Deve Morire) – De Paolo e Vittorio Taviani. Baita filme de retorno à boa forma dos irmãos Taviani (de Pai Patrão e Kaos, entre tantos outros), que acompanha a encenação de uma montagem de Júlio César, de Shakespeare, em uma cadeia da região de Roma. Entre o drama e o documentário, desponta inapelável o efeito da descoberta da arte nos rostos de criminosos condenados – e nem tão perdidos assim, você vai ver. Drama/documentário, Itália, 2012, 76min. Telecine Cult, sábado, 18h15min
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Procurando Nemo
(Finding Nemo) – De Andrew Stanton. Comovente filme da Pixar/Disney sobre as aventuras de um peixe-pai em busca do peixe-filho, que foi sequestrado do coral onde “morava” por um mergulhador e, a partir de então, passa a viver em um aquário. Aliás, a peixinha Dory, que o acompanha na aventura, ganhou um filme próprio, Procurando Dory, que tem estreia prevista para junho de 2016. Animação, EUA, 2003, 101 min. TBS, sábado, 20h45min
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Síndromes e um Século
(Sang Sattawat) – De Apichatpong Weerasethakul. Com Nantarat Sawaddikul. Simples (na forma) e ao mesmo tempo complexo (pelas reflexões que propõe e pelo impacto que provoca), este é um dos exemplares mais instigantes da filmografia do cultuado cineasta tailandês. O longa é dividido em duas metades, com tramas diferentes, mas repletas de situações que se repetem, quase todas ambientadas num hospital. A narrativa evoca lembranças do próprio Apichatpong, filho de médicos que cresceu nesse ambiente, e o paralelo entre ações e diálogos semelhantes, porém separados pelo tempo, faz pensar em como funciona a construção da memória – e dos afetos que advêm dela. Belo filme. Drama, Tailândia/França, 2006, 105min. Futura, sábado, 22h
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A Grande Beleza
(La Grande Bellezza) – De Paolo Sorrentino. Com Toni Servillo. O diretor e o ator do ótimo Il Divo (2008) se reencontraram neste filme-tributo a Federico Fellini e a seus longas Roma (1972) e A Doce Vida (1960), especialmente este último, do qual A Grande Beleza se aproxima demais – a ponto de irritar alguns fãs mais ortodoxos, inclusive. Jep Gambardella (papel do ótimo Servillo) é um Marcello Rubini (o personagem de Mastroianni em A Doce Vida) do século 21: escritor e jornalista que observa com sagacidade os costumes e os vícios da elite da cidade milenar, ele relembra a juventude que já passou e reflete sobre a própria existência com o sorriso melancólico de quem teve de vestir as máscaras sociais para alcançar a felicidade. Que felicidade? – ele se põe a perguntar. Drama cômico, Itália/França, 2013, 142min. Max, sábado, 22h
A Época da Inocência
(The Age of Innocence) – De Martin Scorsese. Com Daniel Day-Lewis, Michelle Pfeiffer e Winona Ryder. É de uma delicadeza (e beleza) rara a incursão de Scorsese pelos romances de época. Trata-se de um drama sobre a paixão extraconjugal de um advogado por uma condessa ousada demais para o seu tempo. Um filme para se emocionar, e muito. Drama, EUA, 1993, 138min. Sony, madrugada de sábado para domingo, 0h30min
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Gangues de Nova York
(Gangs of New York) – De Martin Scorsese. Com Leonardo DiCaprio. Há planos lendários (o do olho de vidro), atuações maiúsculas (Daniel Day-Lewis, como sempre) e uma reconstituição de época impressionante (a história é a da formação de Nova York, mas as filmagens foram na Cinecittà italiana). Há, no entanto, algo de errático na construção narrativa deste épico que Scorsese formatou ao longo de décadas. Talvez os inúmeros cortes que o filme sofreu tenham a ver com isso. Drama, EUA/Itália, 2002, 167min. Max Prime, domingo, 13h10min
A Noiva Cadáver
(Corpse Bride) – De Tim Burton. O visual gótico e o clima docemente sinistro são as marcas desta animação preciosa de Burton (codigirida por Mike Johnson) que narra uma fábula do século 19 sobre um jovem e tímido noivo que se casa “por engano” com uma morta-viva e, com ela, vai conhecer a Terra dos Mortos – um lugar bem mais interessante do que o meio em que vive. Animação, EUA, 2005, 77min. Warner, domingo, 18h30min
Toy Story
De John Lasseter. Linda e revolucionária animação da Pixar, este filme constitui-se o marco zero da onda de desenhos que trouxe o público adulto para o gênero. Foi a partir desta história nostálgica e emocionante de brinquedos falantes que têm medo de serem abandonados que a Disney fechou a parceria com a gigante das animações para lançar tantos outros belos filmes nos anos seguintes (entre outros, Up!, Ratatouille, Wall-E e Divertida Mente, este último ainda em cartaz nos cinemas). Animação, EUA, 1995, 81min. TBS, domingo, 20h25min
A Teta Assustada
(La Teta Asustada) – De Claudia Llosa. Com Magaly Solier. Filme que levou o Peru a um histórico Urso de Ouro no Festival de Berlim, este longa fala sobre uma crença popular daquele país segundo a qual crianças nascidas das camponesas estupradas por guerrilheiros no período de conflagração dos anos 1970 teriam sido “contaminadas” pelo leite materno, carregando assim a síndrome citada no título. De forte carga política e flerte escancarado com a tradição do realismo fantástico, o longa tem como um de seus triunfos a bela atriz principal, jovem de traços indígenas que encarna com competência a expressão assustada, de quem está permanentemente sendo julgada. O filme passa na sessão que o Canal Brasil tradicionalmente dedica ao cinema latino-americano. Drama, Peru/Espanha, 2009, 95min. Canal Brasil, domingo, 22h
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