Cidade de Deus

De Fernando Meirelles e Kátia Lund. Com Douglas da Silva, Alexandre Rodrigues e Leandro Firmino da Hora. Filme histórico do cinema brasileiro contemporâneo, teve lá algumas contestações em seu lançamento, por conta da estetização da violência e da fome – “cosmetização”, para usar a expressão corrente à época, cunhada pela pesquisadora Ivana Bentes em contraposição à “estética da fome” do Cinema Novo. Os debates em torno do longa valeram mais para uma ampla reflexão sobre a produção nacional como um todo do que ao filme propriamente dito: Cidade de Deus é excelente, e não perdeu em nada a sua atualidade. Quem ainda não viu tem aí mais uma boa chance de conferi-lo – em HD. Ação, Brasil, 2002, 130min. AXN, 20h e 3h

Continua depois da publicidade

Leia mais notícias sobre entretenimento

Foto: Divulgação

Continua depois da publicidade

A Vida É Bela

(La Vita È Bella) – De e com Roberto Benigni. A relação deste bom filme italiano com o Brasil é estranha. Ao “competir” com Central do Brasil (1997) pelo Oscar de melhor longa estrangeiro, ganhou detratores por aqui – especialmente aqueles que transformaram um prêmio de cinema em uma Copa do Mundo. Esqueça isso, e descubra a bela e triste história de um judeu que faz de tudo para esconder do filho o terror dos campos de concentração durante a II Guerra. Drama, Itália, 1997, 116min. Studio Universal, 20h e 0h30min

Leia mais notícias de cinema

Foto: Divulgação

Shakespeare Apaixonado

(Shakespeare in Love) – De John Madden. Com Joseph Fiennes. Gwyneth Paltrow ganhou o Oscar vestindo-se de homem (e atuando bem!) neste filme que começa falando do bloqueio criativo de Shakespeare e termina com uma abordagem interessante das relações sociais à época do autor. No prêmio, superou títulos melhores (como Além da Linha Vermelha), mas tem muitas qualidades. Comédia dramática, EUA, 1998, 123min. Studio Universal, 22h10min e 2h40min

Foto: Vantoen Pereira Junior/Divulgação

Bufo & Spallanzani

De Flávio R. Tambellini. Com José Mayer. Tentativa interessante de transpor para o cinema o romance policial de Ruben Fonseca sobre um detetive que investiga a morte de um fazendeiro, ocorrida pouco depois de ele fazer um seguro milionário. O protagonista não é o afamado Mandrake, do mesmo autor, mas a mescla de suspense com humor usada por Fonseca é parecida – sem, no entanto, o brilho da excelente adaptação das histórias deste último realizada pela HBO na série de 2005-12. Drama/suspense, Brasil, 2001, 96min. Canal Brasil, 0h

Continua depois da publicidade