Maria Antonieta

(Marie Antoinette) – De Sofia Coppola. Com Kirsten Dunst e Jason Schwartzman. Filmado no Palácio de Versalhes, este controvertido drama de época pop funciona ao apresentar a jovem rainha como uma figura dona de uma futilidade típica do mundo contemporâneo (é esta a associação proposta ao apresentá-la, por exemplo, de tênis All-Star). É ousado, mas, repito, funciona. Veja e tire a prova. Drama, Japão/França/EUA, 2006, 123min. Warner, 15h25min

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Livre

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(Wild) – De Jean-Marc Vallée. Com Reese Whiterspoon. Nick Hornby escreveu o roteiro deste “road movie a pé” a partir das memórias de Cheryl Strayed, garota que estava na pior e resolveu “se reciclar” percorrendo parte da chamada PCT, famosa trilha de 4,3 mil quilômetros pela costa do Pacífico nos EUA. Realizador de Clube de Compras Dallas (2013), Vallée sabe dirigir atores. O filme todo é bom, embora não tenha a potência de outros títulos semelhantes como Na Natureza Selvagem (2007). Aventura, EUA, 2014, 115min. Telecine Premium, 15h55min

E Aí, Meu Irmão, Cadê Você?

(O Brother, Where Art Thou?) – De Joel e Ethan Coen. Com George Clooney, John Turturro e Tim Blake Nelson. Este é daqueles filmes que integram a lista de comédias escrachadas dirigidas pelos irmãos Coen – nem tão bobajada quanto Matadores de Velhinhas (2004), nem tão forte como os títulos de humor negro a exemplo de Fargo (1996). Isso que a história sobre três fugitivos que escapam de uma prisão e, acorrentados, saem à cata de um tesouro, tem alguma inspiração na Odisseia de Homero. Veja que os Coen sempre valem a pena. Comédia, EUA, 2000, 106min. TCM, 18h15min

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Cisne Negro

(Black Swan) – De Darren Aronofsky. Com Natalie Portman, Mila Kunis e Vincent Cassel. Entre os críticos de nariz torcido e os mais entusiasmados com a intensidade do relato da bailarina pressionada antes de encarar a protagonista de Black Swan, fique com o meio termo: as atrizes são ótimas e o filme é bem bom, apesar de certos clichês e, talvez, alguma forçação de barra. Drama, EUA, 2010, 108min. Telecine Touch, 0h05min

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Madame Satã

De Karim Aïnouz. Com Lázaro Ramos, Marcelia Cartaxo e Flavio Bauraqui. É ao mesmo tempo enérgica e delicada a cinebiografia de João Francisco dos Santos (1900 – 1976), transformista emblemático da vida noturna e marginal carioca na primeira metade do século 20. O cearense Aïnouz, que depois se consagraria com O Céu de Suely (2006), Abismo Prateado (2012) e Praia do Futuro (2014), além de Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo (codirigido com Marcelo Gomes em 2009), concentrou-se no momento em que Madame Satã, como ele era conhecido, se tornou artista de cabaré, sofreu ainda mais com a discriminação e cometeu o seu primeiro crime. O cineasta decepcionou a parcela do público que esperava uma grande produção reconstruindo a Lapa carioca dos anos 1920, 30 e 40 – preferiu outra geografia, a do corpo, e entregou ao espectador um mergulho na atormentada alma de um grande personagem. Lázaro Ramos, aliás, tem aqui uma das melhores atuações de toda a sua carreira. Drama, Brasil/França, 2002, 105min, Canal Brasil, 2h15min