FROST/NIXON
De Ron Howard. Com Frank Langella e Michael Sheen. Um dos melhores, se não o melhor filme do prolífico Ron Howard (de Uma Mente Brilhante e Cocoon), tem um roteiro excelente de Peter Morgan (adaptado de sua própria peça) e ótimas atuações dos dois protagonistas, Langella como o ex-presidente norte-americano Richard Nixon e Sheen como David Frost, jornalista que Nixon escolheu para falar sobre o escândalo de Watergate três anos depois do episódio. Drama, EUA/Grã-Bretanha/França, 2008, 122min. Studio Universal, 10h40min
Continua depois da publicidade
ELEFANTE BRANCO
De Pablo Trapero. Com Ricardo Darín e Jérémie Renier. Neste bom filme sobre padres que tentam melhorar as condições de vida de uma comunidade da periferia de Buenos Aires, Darín contracena com o belga Renier e a sempre ótima Martina Gusman, mulher do diretor e atriz de Leonera (2008) e Abutres (2010). Interessante observar os obstáculos que se interpõem em sua luta – além do tráfico local, há interesses do governo e da própria Igreja Católica. Drama, Argentina/Espanha/França, 2012, 105min. Telecine Cult, 15h45min
Continua depois da publicidade
Leia mais notícias de entretenimento
SELVAGENS
De Oliver Stone. Com Taylor Kitsch, Aaron Taylor-Johnson, Benicio Del Toro e Salma Hayek. Tem uma certa afetação este longa que o diretor de Platoon (1986) dedicou ao tema do tráfico internacional que usa a fronteira do México com os EUA como o seu território por excelência. Mas o filme também é bom. Envolvente. Há algo de Traffic (2000) em seu visual e de A Praia (2000) em sua capacidade de envolver o espectador na aventura de seus protagonistas por um mundo aparentemente exótico. Drama, EUA, 2012, 131min. Universal Channel, 18h15min
TABU
De Miguel Gomes. Com Teresa Madruga e Laura Soveral. Filmaço em que um dos melhores diretores portugueses contemporâneos homenageia F.W. Murnau, misturando a mitologia de dois de seus grandes longas: Aurora (1927) e Tabu (1931). Em preto e branco, com a tela quadrada em referência ao cinema mudo, Gomes divide a história de uma mulher em duas partes, transformando sua jornada da África colonial à Lisboa atual em um grande comentário sobre colonização e perda da inocência. A segunda parte, com belíssimo texto narrado em off, é uma maravilha. Drama, Portugal, 2012, 118min. Telecine Cult, 19h45min
AMOR
De Michael Haneke. Com Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva. Retrato definitivo da vida corroída pela demência senil, aqui em toda a sua tristeza e crueldade porque afeta uma mulher cujo marido com quem divide tudo segue intelectualmente consciente e absolutamente saudável. Como o amor até então inabalável vai resistir? A resposta de Haneke, diretor conhecido pelas visitas aos recônditos mais obscuros da alma humana (vide Caché, A Fita Branca e A Professora de Piano), é das mais duras, o que aumenta o impacto dramático sobre o espectador – e abala definitivamente conceitos pré-estabelecidos sobre o que é certo e o que é errado, o que é fazer o bem e o mal. A lendária atriz de Hiroshima Meu Amor (1959) foi largamente festejada pelo papel, o que é justo, mas não se pode diminuir a performance do igualmente genial ator de O Conformista (1970): as performances de Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant são ambas espetaculares. Entre outros prêmios, Amor venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes e foi eleito o melhor filme estrangeiro no Oscar. Drama, França/Alemanha/Áustria, 2012, 127min. Telecine Cult, 19h35min
Continua depois da publicidade