Boyhood

De Richard Linklater. Com Ellar Coltrane, Lorelei Linklater, Ethan Hawke e Patricia Arquette. Este drama ficcional acompanha o crescimento de um menino ao longo de 12 anos, analisando seu amadurecimento sobretudo a partir da relação com os pais. É a estética hiper-realista a chave de seu encanto: com saltos no tempo abruptos e um roteiro em reelaboração constante, para incorporar as experiências vivenciadas pela equipe durante o período, Boyhood se conforma a partir de uma combinação rara, talvez única, de naturalidade e complexidade na abordagem das angústias e das descobertas desse momento da vida, fazendo parecer a própria realidade se descortinando diante dos olhos. Um arrebatador ensaio sobre a passagem do tempo, cru em seu retrato da violência doméstica e da imaturidade dos pais contemporâneos, temas caros ao melhor cinema independente norte-americano das últimas décadas. Drama, EUA, 2015, 165min. Telecine Premium, 17h

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O Que Se Move

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De Caetano Gotardo. Com Cida Moreira, Andréa Marquee e Fernanda Vianna. Três histórias sobre três mães no limite, que culminam com belos números musicais (as três atrizes cantam, e muito bem), em um filme irregular porém de uma beleza singela, comovente da generosa construção das personagens à energia com que este jovem diretor estreante as filma. Ele é do mesmo núcleo produtivo de Juliana Rojas e Marco Dutra, os realizadores de Trabalhar Cansa (dirigido pelos dois e lançado em 2011), Quando Eu Era Vivo (de Dutra, 2014) e Sinfonia da Necrópole (dela, ainda inédito no circuito). Além de montador de Trabalhar Cansa e ator de Quando Eu Era Vivo, Gotardo é diretor do ótimo e premiado curta Areia (2008). É um nome para guardar no cinema nacional. Drama/musical, Brasil, 2013, 98min. Max, 19h15min

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Mesmo se Nada Der Certo

(Begin Again) – De John Carney. Com Mark Ruffalo e Keira Knightley. Havia mais frescor em Apenas uma Vez (2006), filme que fez a fama do diretor irlandês, pelo tratamento criativo do gênero musical, pela autenticidade e pela organicidade com que as músicas adentravam na narrativa. Mesmo se Nada Der Certo repete a fórmula, trocando atores desconhecidos por uma dupla “de comédia romântica” e uma Dublin carrancuda por uma Nova York ensolarada. Mas vale assistir à trama sobre o encontro de uma cantora íntegra abandonada pelo namorado famoso (Adam Levine, da banda Maroon 5) com um produtor em baixa pronto para dar a volta por cima – gravando com ela, claro. Comédia romântica/musical, EUA, 2013, 104min. Telecine Touch, 22h