Paraísos Artificiais

De Marcos Prado. Com Nathalia Dill, Luca Bianchi e Lívia De Bueno. Este longa de Marcos Prado, produtor de Tropa de Elite (2007-2010) e diretor do documentário Estamira (2004), mistura drama familiar e aventura juvenil para contar a errática jornada de um filho da classe média brasileira pelo universo das drogas sintéticas. Menos moralista do que títulos festejados sobre esse universo, tem na construção narrativa e no visual elaborado dois de seus pontos fortes. Drama, Brasil, 2012, 96min. HBO Plus, 15h50min

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2 Coelhos

De Afonso Poyart. Com Alessandra Negrini e Fernando Alves Pinto. É interessante este exercício de gênero que o diretor de videoclipes Afonso Poyart, que aqui estreia no longa-metragem, assina a partir de uma história mirabolante de justiça com as próprias mãos. Suas pretensões são típicas daquele cinema de ação que busca o entretenimento e não é muito comum no Brasil – ao menos no que diz respeito a títulos bem-sucedidos, vide Segurança Nacional, 400 Contra 1, Assalto ao Banco Central etc. Com todas as suas limitações, 2 Coelhos é melhor do que todos esses. Ação, Brasil, 2012, 108min. HBO, 17h50min

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Grande Hotel Budapeste

(The Grand Budapest Hotel) _ De Wes Anderson. Com Ralph Fiennes. Diretor amado e odiado, que conhece o riscado mas muitas vezes se perde nos maneirismos, Anderson reúne aqui um elenco estelar para contar a história fabular que se passa no período entre as duas guerras mundiais. A aventura de um gerente de hotel e de seu mensageiro despertada pela morte de uma hóspede rica, e a consequente leitura de seu testamento, foi toda inspirada nas obras e nas anotações pessoais do autor judeu de origem austríaca Stefan Zweig, que se exilou no Brasil nos anos 1940. Fantasia, EUA/Alemanha/Grã-Bretanha, 2014, 99min. Telecine Premium, 20h

O Exorcista

(The Exorcist) – De William Friedkin. Com Jason Miller, Ellen Burstyn, Max von Sydow e Linda Blair. Este não foi o primeiro longa sobre possessão demoníaca, mas é até hoje o mais icônico entre eles, a ponto de se confundir com o próprio subgênero que representa. A história é a de uma garotinha cujo corpo hospeda o belzebu, o que desespera sua mãe, que chama dois padres especialistas no assunto para resolver o caso. Algumas frases que a moçoila pronuncia quando está possuída são dignas de figurar em qualquer almanaque histórico do cinema, e só não serão repetidas aqui por conta de seu teor pouco familiar. Veja. E tenha uma ótima noite… Terror, EUA, 1973, 122min. Cinemax, 20h20min

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Cidadão Boilesen

De Chaim Litewski. Bom documentário sobre Henning Boilesen, empresário dinamarquês radicado no Brasil acusado de ser um dos principais financiadores de grupos paramiliares e da própria repressão oficial do governo militar pós-1964. Quando foi assassinado por guerrilheiros, em 1971, Boilesen ostentava a imagem pública de um empreendedor acima de qualquer suspeita. Mas era um ferrenho anticomunista que, segundo fontes ouvidas por Litewski em um trabalho de pesquisa que durou 16 anos, capitaneava uma polêmica e nebulosa vaquinha de poderosos endinheirados para ajudar a sustentar o regime. O “contraponto”, no filme, vem com o filho do biografado e com coronéis defensores da ditadura que sublinham a imagem do empreendedor visionário e injustiçado que, por conveniência, serviu de bode expiatório para aos atos de gente bem mais poderosa e influente. Documentário, Brasil, 2009, 92min. Curta!, 21h10min e 1h45min