Foi a vontade de divulgar as possibilidades do parto natural humanizado que motivou a contadora Cláudia de Souza a criar, em setembro, a página no Facebook Queremos o Filme O Renascimento do Parto em Blumenau, que hoje tem 250 curtidas.

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O esforço deu certo e ela conseguiu com que o longa com 90 minutos, da doula e educadora perinatal de Érica de Paula e do produtor audiovisual Eduardo Chauvet, fosse exibido por aqui. A estreia será nesta sexta-feira, às 14h30min, no Arcoplex, do Shopping Park Europeu.

– A ideia de criar a página surgiu após saber que o filme estava sendo exibido em outras cidades do Estado, mas que não tinha previsão para estrear em Blumenau. Entrei em contato com os produtores e foram eles mesmos que estimularam a criação da página para conquistar público e convencer os cinemas à exibir a produção. Também tive a ajuda da Jerusa da Silva Horácio, que também administrou a página e as outras pessoas que curtiram – relata Cláudia, que teve um parto humanizado da filha que hoje tem dois anos e quatro meses.

Assim que a página foi criada, a dona de casa Chirley Ludvig também soube da campanha para trazer a produção para a cidade e não pensou duas vezes em divulgar o filme e indicar para as amigas.

– Soube da iniciativa através de amigas e divulguei. Eu mesma tive um parto considerado de risco e fui incentivada à fazer cesariana, mas eu sempre sonhei com o parto humanizado. Acho que está na hora das mulheres terem conhecimento sobre o assunto e se impor no momento do parto. Se está tudo bem com a sua saúde é possível fazer um parto normal, independente da idade da mãe – revela Chirley, que há dois anos teve gêmeos e sofreu com problemas pós-parto.

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Modelo obstétrico questionado

O documentário retrata a realidade obstétrica mundial e, sobretudo, brasileira, que apresenta um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias, em contraponto com o que é recomendado hoje pela ciência. Através dos relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das recentes descobertas científicas, o modelo obstétrico atual é questionado.

A intenção dos produtores também é promover uma reflexão sobre o novo paradigma do Século 21 e sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados hormônios do amor, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto. Em Santa Catarina, o filme já foi exibido em Florianópolis, Criciúma, Tubarão e Lages e foi selecionado para quatro festivais internacionais, em Los Angeles, Bogotá, China e Venezuela.