Filhotes de raia-manteiga reencontraram a mãe em um aquário de Balneário Camboriú depois de seis meses de separação. Os bebês da espécie ameaçada de extinção precisaram ficar em outro espaço quando nasceram para receber acompanhamento de biólogos e veterinários. Nesta sexta-feira (21), porém, puderam voltar a viver juntos e em meio a tubarões e moreias na água salgada.
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A fecundação da “mamãe raia” nesse caso foi interna, com desenvolvimento e gestação dos filhotes dentro do útero da mãe, conforme explicou o biólogo Federico Armani, do Oceanic Aquarium, ao g1. Ela também dá à luz filhotes vivos, portanto, não há ovos.
No ano passado, nove filhotes nasceram, sendo seis machos e três fêmeas. O maior deles veio com 157 gramas e atualmente tem 714, com 58,5 centímetros, ferrão e cauda, segundo o aquário. Já o menor nasceu com 70 gramas. Atualmente pesa 294 e mede 41 centímetros.
Durante o tempo em que ficaram no espaço separado, os bebês tiveram acompanhamento do crescimento, foram avaliados periodicamente, além de serem medidos e pesados com frequência.
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Todas as fêmeas já estão no mesmo aquário que a mãe, enquanto os machos continuam no local em que nasceram. Os biólogos do Oceanic Aquarium esclareceram ao g1 que, depois, eles serão levados para outro aquário para evitar a reprodução entre irmãos.
O transporte dos animais é feito através de tanques menores e acompanhado por profissionais.
Veja o momento em que retornaram ao aquário
Sobre a espécie
A raia-manteiga costuma se esconder na areia e se alimenta geralmente de moluscos. A espécie tem nome científico Gymnura altavela e aparece no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio).
A gestação é de, em média, seis meses. De acordo com o ICMBio, o animal pode ser encontrado irregularmente distribuído em águas tropicais e temperadas do Oceano Atlântico. No país, é mais comum no litoral das regiões Sul e Sudeste.
Ainda segundo o livro mencionado, o forte declínio do número de indivíduos da espécie no Brasil é atribuído à pesca de arrasto intensa durante todo o ano nas águas costeiras.
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