Uma toninha recém-nascida foi encontrada encalhada na praia de Balneário Arroio do Silva nesse sábado (7). A ONG Educa Mar foi quem encontrou a toninha e fez contato com o laboratório de zoologia da Udesc, que fica em Laguna, para que a equipe fizesse o resgate. A espécie é ameaçada de extinção.

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O filhote resgatado é macho, mede apenas 70 centímetros e possui 3,8 quilos. A Polícia Militar Ambiental (PMA) também foi chamada pra dar apoio no transporte do animal, de Balneário Arroio do Silva, até Laguna, uma distância de cerca de 115 quilômetros. A toninha foi recebida pela equipe de biólogos e pesquisadores, entre professores e alunos da Udesc.

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De acordo com Pedro Volkmer de Castilho, professor responsável pelo projeto, o filhote aparenta ter poucos dias de vida, já que ainda estava com parte do cordão umbilical. Apesar do encalhe o animal está ativo e não tinha sinais de interação com pesca. As causas da origem do encalhe são desconhecidas. Há a possibilidade de o filhote ter se perdido da mãe e ficado desorientado.

Agora, a equipe trabalha para estabilizar o recém-nascido, que está sendo monitorado 24 horas por dia e tem sido alimentado por sonda. Os profissionais de estabilização de fauna marinha da Udesc contam com a ajuda da Franciscana Alliance, que é um grupo de pesquisadores e entusiastas da conservação da Toninha na América do Sul.

Segundo o professor responsável pelo projeto, é raro uma toninha encalhar viva no litoral. Esse é o sexto caso atendido pelo laboratório em Laguna, desde que ele abriu na cidade em 2011. Ainda de acordo com o professor, desses resgatados com vida, cinco eram recém-nascidos, que não sobreviveram, e um juvenil, que foi reabilitado e devolvido ao mar.

A toninha é a espécie mais ameaçada do Atlântico Sul. As toninhas são pequenos cetáceos, parentes dos golfinhos, só que de uma linhagem mais antiga. A espécie vive em nossos mares há cerca de um milhão de anos e atualmente está à beira da extinção, principalmente por conta de atividades marítimas, como a pesca. Muitos animais são encontrados mortos com sinais dessa interação com redes. Só em 2024 foram 55 mortes no trecho entre os molhes em Laguna e a praia do Luz, em Imbituba.

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*Com informações de Denise Medeiros, da NSC TV

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