Crianças acima do peso têm maiores chances de se tornarem adultos obesos, e essa condição favorece doenças como diabetes e hipertensão – doenças crônicas que fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus. Neste isolamento social, o desafio para pais e responsáveis é conseguir adaptar a essa nova rotina para os pequenos. Com mais tempo em casa, o gasto calórico com atividades físicas e escolares torna-se menor.
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– Os nossos filhos se espelham em nós. As atitudes importam muito. As crianças com pais que se alimentam de forma saudável e praticam atividades físicas regularmente têm uma chance muito menor de serem obesas, porque tendem a seguir o exemplo. Em contrapartida, no caso de pai e mãe obesos, 70% das crianças correm o risco de ficarem acima do peso também – declarou o endocrinologista pediátrico Diego Callai Schuh.
Segundo dados divulgados pela organização internacional World Obesity, cerca de 158 milhões de crianças entre 5 e 19 anos sofrem com o excesso de peso. Esse número deve subir para 254 milhões nos próximos dez anos em todo o mundo. Assim, alimentos ultraprocessados, como temperos prontos, opções congeladas ou instantâneas, refrigerantes, sucos industrializados e salgadinhos devem ser evitados.
– A vida moderna já mudou muito a realidade das famílias. A pandemia gera um estresse, em grau maior ou menor. Essa situação de maior angústia acaba levando ao aumento no consumo de alimentos. É preciso manter uma alimentação saudável e horários adequados para o sono e as refeições de nossos filhos. E uma grande dificuldade nesse momento é a prática de atividades físicas, que devemos manter – destacou o profissional de saúde.
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Além disso, o médico orienta que é necessário limitar o tempo para uso de eletrônicos, como televisão, computador, tablet, videogame e smartphone, e reservá-los para atividades escolares. As aulas presenciais em colégios – nas redes municipal, estadual, federal e particular – seguem suspensas por decreto do governo de Santa Catarina até o dia 2 de agosto.
Para os bebês, a queda no risco de obesidade a longo prazo começa com o aleitamento materno. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice cai para algo em torno de 20 e 25%. Para cada mês de amamentação, a chance de sobrepeso em qualquer fase da vida, inclusive na adulta, pode reduzir para 4%.
Ouça a entrevista com o Dr. Diego Callai Schuh para a CBN Diário: