A filha suspeita de matar o pai policial não citou o caso Richthofen durante depoimento à Polícia Civil. Apesar da hipótese ter sido inicialmente levantada, o delegado João Westphal, titular da Delegacia de Investigação Criminal (DIC) de São Miguel do Oeste e responsável pelas investigações, negou o fato. A jovem e outra adolescente confessaram a autoria do crime.
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De acordo com o delegado Westphal, as amigas de 12 e 13 anos foram ouvidas na última sexta-feira (15), logo após o policial civil de 46 anos ser encontrado morto. Após confissão do assassinato, elas foram apreendidas no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Chapecó.
O caso Richthofen ganhou notoriedade após o lançamento dos filmes A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais, que estreiaram no dia 24 de setembro no Amazon Prime Video. Apesar da semelhança entre os crimes, Westphal afirma que não há nada de concreto até o momento que indique relação do caso no assassinato do policial.
– Esse tipo de caso é bastante sensível. Se houver algo de influência de algum caso famoso, ou mesmo algum grupo voltado a ataques, certamente será divulgado e a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil atuará em conjunto – destaca o delegado.
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Ainda conforme Westphal, alguns aparelhos foram apreendidos e devem ser analisados nos próximos dias. Além disso, as investigações continuam para entender a dinâmica da fuga das jovens e a motivação do crime.
O crime
O policial civil de 46 anos foi encontrado morto na noite de sexta-feira na casa em que morava, em São Miguel do Oeste. Segundo a Polícia Militar, ele tinha várias perfurações no pescoço.
Os agentes da PM chegaram à residência do policial por volta das 20h. O Corpo de Bombeiros Militar também foi acionado, mas a vítima já estava morta. De acordo com os socorristas, ele tinha sinais de ferimentos provocados por arma branca.
Segundo a Polícia Civil, a filha e a amiga confessaram a autoria do crime após terem sido confrontadas. A vítima atuava na polícia há 25 anos.
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