Eliane Freitas acordou nesta sexta-feira com um pedido de socorro da mãe, que mora ao lado de sua casa em Camboriú. Grávida de oito meses, Guiomar Freitas, 41 anos, passou a noite sentindo dores e quando o dia amanheceu sabia que o sétimo filho estava a caminho. Sem automóvel em casa para levar a mãe ao hospital, a jovem de 25 anos iniciou uma série de ligações em busca de uma ambulância: ligou para o Samu, que estava sem viatura para atendimento, depois para os Bombeiros e quando ninguém atendeu apelou para a Polícia Militar. Assim que soube que os socorristas estavam chegando, ouviu um grito da mãe: “o bebê está nascendo”.
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– Entre as ligações e o nascimento do Juliano foram cerca de 30 minutos. Quando ela falou que estava nascendo eu a deitei no sofá, achando que fosse uma contração mais forte. Mas aí vi a cabecinha do bebê e fiquei apavorada, não sabia o que fazer na hora – conta.
Mãe de dois filhos, Eliane lembrou de um vídeo que tinha assistido sobre partos e tomou coragem para ajudar. Encaixou sua mão no queixo da criança e pediu para a mãe fazer força. Porém, quando o bebê nasceu, levou outro susto: ele não chorava.
– Fiquei em pânico, comecei a limpar a boquinha dele e dei três tapinhas nas costas. Quando ele chorou foi um alívio – relembra.
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Menos de dois minutos depois, os bombeiros João Paulo Stüpp Francisco, Jucelio Ademir Vieira Junior e Ulisses da Silva chegaram ao imóvel, que fica na Rua Azaleia, no bairro Monte Alegre. Os socorristas foram acionados por volta das 7h20 e terminaram o procedimento, cortando o cordão umbilical. Mãe e filho foram encaminhados ao Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, e passam bem.
Mais calma, Eliane relata que a mãe já tinha tido um parto em casa. Da outra vez, no entanto, os bombeiros chegaram a tempo de fazer o procedimento. Conforme a jovem, apesar do susto o nascimento foi emocionante.
– Fiquei muito feliz de ajudar a dar a vida, ele nasceu super saudável e a médica falou que fiz certinho. Já disse para minha mãe que esse eu vou adotar como meu terceiro filho – brinca.
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A história também emocionou os bombeiros que participaram do parto:
– O chorinho do bebê ficará um bom tempo em nossas mentes, bem como a alegria de ver uma nova vida chegar a este mundo – relatou Jucelio Ademir Vieira Junior em seu perfil no Facebook.