Falta de gasolina e filas intermináveis: foi o que aconteceu em boa parte dos postos de combustíveis em todas as regiões de Santa Catarina na manhã desta quinta-feira (9). O desabastecimento afetou vários municípios e havia o risco de que o problema se agravasse nos próximos dias caso as refinarias não fossem liberadas.
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O motivo para a falta de gasolina nas bombas são as manifestações de caminhoneiros, que começaram no Estado no dia 7 de setembro. Até as 17 horas desta quinta, ao menos nove pontos em quatro rodovias federais estavam bloqueados.
Entre os alvos estão as bases de distribuição de combustíveis de SC. Em Guaramirim, no Norte, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro), manifestantes não permitiam a saída de caminhões da unidade.
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Já na Grande Florianópolis o principal problema é em Biguaçu. Na SC-407, no trevo de entrada para a base da Transpetro na cidade, manifestantes bloquearam a saída de caminhões de uma refinaria da Petrobrás que fica no município.
Manifestantes também bloquearam no começo da manhã desta quinta-feira (9) a base de distribuição de combustíveis em Itajaí, responsável por abastecer os postos de toda a região. O fechamento atrelado à busca desenfreada por combustíveis resultou no aumento no número de postos que estão sem gasolina no Vale do Itajaí.
O DC separou a situação dos postos nas maiores cidades do Estado. Confira:
Joinville
De acordo com um levantamento feito pela Sindipetro, dos 101 postos de Joinville, ao menos 60 estão sem combustíveis na cidade. Houve registro de longas filas em estabelecimentos de quase todos os bairros da cidade, especialmente na área central e em ruas como a Ottokar Doerffel e Iririú.
Para tentar restabelecer a situação, a entidade entrou com um pedido de liminar, solicitando a liberação das bases e a escolta desses caminhões, a fim de garantir o abastecimento dos postos de combustíveis. Na tarde desta quinta-feira (9), o sindicato conseguiu a liberação e os caminhões começaram a distribuição pela região.
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Florianópolis
Na Capital catarinense havia registro de filas nos postos de combustíveis, desde a noite de quarta-feira (8), como na Avenida Mauro Ramos, Avenida Madre Benvenuta e Beira-Mar Norte. Na região central de Florianópolis, grande parte dos postos registravam falta de gasolina na manhã desta quinta-feira (9).
Segundo a Guarda Municipal de Florianópolis (GMF), dos cinco postos da Avenida Mauro Ramos, apenas um tem gasolina.
A expectativa do Sindicato de Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis) é que o combustível volte a chegar aos postos da Capital em até dois dias. A entidade aposta no cumprimento de uma medida judicial obtida ainda na noite de quarta-feira (8) para o desbloqueio da SC-470, em Biguaçu.
Também há registro de filas em postos de Palhoça e em estabelecimentos nos bairros Areias e Kobrasol, em São José.
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Blumenau
No Vale do Itajaí, o bloqueio feito por caminhoneiros em rodovias catarinenses também gerou uma corrida desenfreada aos postos de combustíveis de Blumenau na noite de quarta-feira (8). Longas filas se formaram em estabelecimentos.
Na manhã desta quinta-feira (9), ao menos metade dos postos de combustíveis de Blumenau, conforme o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Blumenau (Sinpeb).
Ainda conforme o sindicato, se não houver abastecimento ainda durante esta quinta, nesta sexta-feira (10) todos os 75 estabelecimentos da região estarão sem gasolina comum e aditivada.
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Chapecó
Em Chapecó também há registro de filas nos postos, porém pelo menos até a noite desta quarta não há registro de falta de combustível. Segundo o presidente do Sindicato dos Comércio Varejista de Derivados do Petróleo de Chapecó (Sindipostos), Zamir Galli, as unidades foram abastecidas nesta quarta e o estoque deve durar até três dias.
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Entretanto, caso a situação piore nos próximos dias, Galli não descarta a possibilidade de falta de combustíveis na região.
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Lages
De acordo com o Sindipetro, também há registro de postos sem combustíveis em Lages, na Serra de SC. Além das ruas fechadas, os estabelecimentos também não estão recebendo o anidro, composto usado para fazer a mistura da gasolina.
Criciúma
Segundo o Sindipetro, em Criciúma, no Sul do Estado, cerca de 50% dos postos estavam sem gasolina até a manhã desta quinta.
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