Pais relatam espera de mais de oito horas para atendimento dos filhos no Hospital Infantil Joana de Gusmão, em Florianópolis, nesta segunda-feira (16). Uma foto do painel da casa de saúde mostra que pacientes que chegaram por volta das 13h ainda não tinham sido atendidos às 21h. A Secretaria de Estado de Saúde informou que esses casos “são considerados não urgentes” e que a lotação é devido ao aumento de doenças respiratórias por causa da mudança de temperatura.
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Claudia da Silveira chegou com o filho, de nove anos, ao local às 20h e se surpreendeu com a demora.
— Tem bastante gente que já tá até desistindo, tá indo embora. Tem crianças chorando de dor no estômago indo embora. Isso é um descaso, tem pais até chorando que eles não tão atendendo. Meu Deus, é muita tristeza, muito sofrimento, tem muita criança chorando. E tá cada vez mais lotado — desabafou.

Um vídeo do local mostra a emergência cheia, com pais e bebês sentados no chão ou encostados em pé na parede.
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— Isso aqui tá uma loucura, muita gente. Eles não chamam, eles levam um tempo pra chamar, dizem que o sistema caiu. Quando o sistema cai aí mesmo que leva duas horas pra chamar uma pessoa — contou Claudia.
— Mas tem que esperar né, fazer o que, a gente tem que esperar — reforçou.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Santa Catarina, o motivo da lotação é o aumento de doenças respiratórias nessa época do ano, que sobrecarregou a rede de atenção primaria – isto é, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPA).