Briga pelo G4, W.O, troca de treinador, sequência invicta, jejum de vitórias, greve de jogadores e o Figueirense encerrou apenas o primeiro turno da Série B 2019. O equipe alvinegra viveu uma metade de campeonato que vai além de uma competição completa por conta dos reflexos da crise financeira. Situação que ainda vai se arrastar para o segundo turno, junto com a necessidade de dar fim à série sem vencer.

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Na quarta-feira, tido como data limite para a primeira injeção de recursos por parte da empresa que gere o futebol do Figueirense, foram quitados os salários dos jogadores da equipe principal que venceram no último dia 5. Ainda assim, com estes atletas, estão pendentes três meses de direitos de imagens desta temporada além de valores de anos anteriores.

A gestão quitou outros débitos relativos à 2019, pelo que os conselheiros tiveram de informação. A expectativa é que até a sexta-feira as operações sejam concluídas e, então, seja aferido o valor injetado no Figueirense e se está de acordo com o termo de compromisso assinado entre conselhos e administração.

Enquanto correm episódios da crise financeira, dentro de campo o Figueirense tenta pelo menos manter a normalidade. Após o W.O, discussões com dirigentes e fim da greve, os jogadores retomaram as atividades e acumularam um empate em casa e uma derrota fora, o revés para o Operário-PR no último jogo do turno.

Com estes resultados, são 10 partidas seguidas sem vencer na Série B. Mas neste instante, estancar a série sem triunfo ainda não é a prioridade. Sucessor de Hemerson Maria, o técnico Vinícius Eutrópio prioriza fazer que ao menos em campo as coisas se normalizem. A semana de greve, que inclui o W.O, foi seguida de sequência de jogos – e já no sábado o Figueirense enfrenta o Guarani no Orlando Scarpelli. Por isso, neste instante, ele não traça planos para o Figueira na competição.

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– O discurso é foco. Com isso se recupera o trabalho e os jogadores. Em cima disso se busca os resultados. Sem foco, com o que passamos, é difícil falar de objetivos. Nosso objetivo tem sido colocar o time em campo. Agora é retomar o foco para depois traçar objetivos – justifica.

O Figueirense divide a campanha do turno em dois momentos. A primeira metade é de ascensão. Chegou a fechar a nona rodada na sexta colocação, com a mesma pontuação que o quarto colocado, o G4. No entanto, a partir da rodada seguinte começo a queda. O Figueira fecha o primeiro turno apenas um ponto a frente da zona de rebaixamento, o Z4.

Figueirense no turno da Série B 2019

Campanha:

4 vitórias, 9 empates e 6 derrotas

36,8% de aproveitamento

> 3º time em quantidade de empates

Em casa: 3 vitórias, 4 empates e 2 derrotas (15ª campanha)

Fora de casa: 1 vitória, 5 empates e 4 derrotas (14ª campanha)

Ataque: 15 gols (15º)

Defesa: 18 gols (7º)

Maior série invicta: 5 jogos (da 6ª até a 10ª rodada)

Maior série sem vencer: 10 jogos (10ª rodada até agora)

Probabilidades

Rebaixamento: 37,4%

Acesso: 1,3%

Título: 0,05%

*Fonte: UFMG/Futebol

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