O Figueirense não será mais gerido pela Elephant. A Associação Figueirense e a empresa então responsável pelo futebol do clube acordaram pelo fim do contrato na noite desta quinta-feira. O distrato será formalizado nos próximos dias. Presidente do Conselho Deliberativo do Figueirense, Francisco de Assis Filho, o responsável pela Elephant, Claudio Honigman, definiram o “desfazimento” do contrato assinado em agosto de 2017.

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Na noite desta quinta-feira, foi enviada uma nota sucinta que informou pelo encaminhamento do término do contrato, com a assinatura de Assis e Honigman.

“O Figueirense Futebol Clube e Elephant Participações Societárias S.A. vêm a público comunicar que no dia de hoje (19 de agosto) foi definido o desfazimento do contrato (acordo de investimento e transferência da atividade de futebol) entre eles firmado em agosto de 2017, cujo distrato será formalizado nos próximos dias.”

As assinaturas da nota que declara o fim da parceria
As assinaturas da nota que declara o fim da parceria (Foto: Reprodução)

Instantes depois, um comunicado no site do Figueirense Futebol Clube informou que a Elephant ainda é responsável pelo clube. Isso ocorre até a assinatura do distrato, que encerra efetivamente o contrato entre Figueira e empresa.

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Histórico

Chamada de parceria o acordo que cedeu a gestão do futebol do Figueirense para um grupo de investidores foi acertado no dia 7 de agosto, em reunião em que a maioria dos conselheiros se manifestou a favor da assinatura de contrato. Com Alex Bourgeois na condição de CEO e divulgado que a holding Elephant era a empresa responsável pelo Figueira, a promessa era de que o dinheiro não seria o problema.

No momento de rompimento do acordo, jogadores e funcionários do Figueirense não tiveram depositados o FGTS há tempos e os atletas das categorias de base não têm transporte e uniformes para treinar, ainda de terem alimentação graças a doações.

Mais que lidar com as dívidas, o contrato previa metas esportivas como 14 anos de presença na Série A do Campeonato Brasileiro, título nacional ou disputa da Libertadores da América. Antes de enfrentar o Brasil-RS pela 23ª rodada pela Série B 2019, o Figueirense ocupava a última posição.

Foram dois títulos no período da parceria entre Figueirense e Elephant. O Figueira foi campeão catarinense em 2018 e ganhou também a Recopa Catarinense 2019, que confrontou o vencedor do Estadual e da Copa SC do ano anterior. No entanto, o torcedor tem a sensação que as três últimas edições foram apenas de luta contra o rebaixamento na Série B.

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Em 2017 a equipe se recuperou a partir da chegada da empresa e escapou da degola nas últimas rodadas. No ano seguinte fazia campanha regular até a falta de pagamento de salários a jogadores e funcionários vir a público. O Figueira só esteve livre do descenso depois da última rodada. Nesta edição, chegou a brigar próximo do G4 nas primeiras rodadas, mas desde a segunda metade do primeiro turno está em queda livre na classificação e frequenta o Z4 há três rodadas.

Quatro treinadores passaram pelo comando técnico do Figueirense no período em que o clube cedeu a administração do futebol para empresta. Milton Cruz foi o primeiro e com passagem mais longeva, superior a um ano e com o título do Campeonato Catarinense 2018. Na temporada passada, o Figueira também teve o comando de Rogério Micale, que foi demitido ainda antes do término da Série B daquele ano.

Neste ano, já com Cláudio Honigman como presidente da empresa gestora do futebol do Figueirense, Hemerson Maria ajudou na montagem do elenco que ficou com terceiro lugar no Catarinense 2019 e chegou a estar em sexto na Série B. Mas, insatisfeito com a situação do clube e alegando falta de respeito, pediu demissão e Vinícius Eutrópio assumiu o posto. Ele foi demitido ainda pela gestão Honigman na última terça-feira.

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