Pelo menos não será dito que os clássicos de Florianópolis ficaram no zero em 2017. Teve gol, mas não na quantidade e conforme o Figueirense precisava para estar nas quartas de final da Copa da Primeira Liga. Depois de sair atrás e conter os mandantes, o Avaí empatou em 1 a 1 o encontro 415 das equipes, na noite desta quinta-feira, no Estádio Orlando Scarpelli. O Leão foi ao confronto sem chance no torneio e ainda acabou com os planos alvinegros na competição, diante de 3.322 torcedores.

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As equipes voltam a campo às 16h de domingo, para a última rodada do returno do Campeonato Catarinense. Ainda que não tenham objetivos na classificação do estadual, Figueirense e Avaí estão envolvidos em jogos importantes – ambos enfrentam times que lutam contra o rebaixamento. O Furacão continua no Orlando Scarpelli para receber o Metropolitano. O Leão sobe o Planalto Serrano para encarar o Inter de Lages.

A necessidade faz a ocasião. Assim foi o Figueirense desde o início. Precisava vencer por 3 a 0 ou por diferença de dois gols a partir do quarto tento que viesse assinalar. A rede teria de balançar, o que não ocorreu nos outros dois clássicos pelo Catarinense. Os alvinegros tinham dificuldades para trocar passes no campo de ataque, mas ainda assim conseguiram formular jogadas. Duas delas foram pelos pés do Yago, aos 16 e aos 31, com arremates potentes na altura da risca da grande área. A primeira num tiro cruzado em que o goleiro Kozlinski jogou a luva para desviar. O segundo numa bela construção de Índio pela esquerda em que o companheiro chapou para fora.

O Avaí fazia a partida que o levou à vaga nas finais do Estadual. Não se incomodava em defender e aguardava uma falha ou transição em velocidade para assustar. Sem conseguir um lance assim, ficou difícil conter o Furacão em investidas. Como foi complicado para Kozlisnki segurar o foguete quente na disparada do lateral Weldinho. O jogador mandou um tijolo que explodiu no peito do goleiro. O arqueiro avaiano bateu roupa e Índio bateu para finalizar a etapa inicial em 1 a 0.

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Sinalizador não pode

A torcida da casa não permitiu que o jogo fosse retomado na mesma pegada. A festa pode ter sido bonita pelo efeito visual, mas a arbitragem parou a partida por seis minutos por causa da fumaça dos sinalizadores. O Figueira pode ser penalizado: é vetada a entrada do artifício em estádios de futebol desde 2013. Fogo-amigo transformado em convite pelo Avaí. Aos 15, Diego Jardel mandou na frente da meia lua a pedrada que foi espalmada por Thiago Rodrigues. O lance fez o time mandante acordar. Quatro minutos depois, Patrick deu o troco. A bola foi no cantinho e Kozlinski também para dar o tapa.

O treinador Claudinei Oliveira não ficou parado. Botou Devid e Lourenço, tirando jogadores de meio, para tentar prover ofensividade a um Avaí mais veloz. Não foi este o caminho, mas a igualdade apareceu no placar. A batida de escanteio de Marquinhos foi no primeiro pau, na pequena área e na cabeça de Romulo: 1 a 1, aos 33 minutos. O Figueirense precisava, a partir de então, fazer quatro gols. Ficou na vontade. Ficou no empate.

FICHA TÉCNICA

FIGUEIRENSE (1)

Thiago Rodrigues; Weldinho (Matheusinho), Bruno Alves, Trevisan e Marlon; Patrick, Helder e Yago; Dudu, João Pedro (Ermel) e Índio (Gabriel Esteves). Técnico: Márcio Goiano.

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AVAÍ (1)

Kozlinski; Gustavo Santos, Betão, Alemão e Capa; Luan, Judson (Lourenço) e Marquinhos (Caio Cesar); Diego Jardel (Devid), Júnior Dutra e Romulo. Técnico: Claudinei Oliveira.

Gols: Índio, aos 44 do primeiro tempo (F), e Romulo, aos 33 do segundo tempo (A).

Cartões amarelos: João Pedro (F). Alemão, Judson, Marquinhos (A)

Arbitragem: Anderson Daronco, com o auxílio de Carlos Berkenbrock (SC) e Johnny Barros de Oliveira (SC).

Local: Orlando Scarpelli

Público: 3.322

Renda: R$ 40.810,00

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