O Figueirense empatou com o Fluminense em 2 a 2, neste domingo, dia 27, no Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro, e aumentou a invencibilidade em jogos fora de casa pelo Campeonato Brasileiro. A última derrota do time catarinense na competição nacional longe do Scarpelli ocorreu no dia 17 de agosto do ano passado, quando perdeu para o próprio Fluminense por 3 a 0. Desde então, o Alvinegro disputou 12 partidas, ganhou seis e empatou seis.

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Agora, o Figueira ganha 10 dias de folga e volta a campo no dia 7 de junho para enfrentar o Corinthians, no Pacaembu.

Ainda sob os efeitos da eliminação para o Boca Juniors, na Libertadores, e com vários desfalques, o Fluminense tentou impor um ritmo forte no início da partida. Aos oito minutos, Carlinhos escapou pelo lado esquerdo, cruzou rasteiro e Samuel, dentro da área, bateu forte quase à queima-roupa. O goleiro Ricardo defendeu.

À beira do gramado, o técnico do Figueirense, Argel Fucks, tentava colocar os nervos da equipe no lugar. Pedia calma aos seus atletas. Só que o Flu jogava muito melhor e criava as melhores chances. Aos 12, Wagner fez lançamento pelo meio da zaga alvinegra e Marcos Júnior, dentro da área, colocou a bola por cima do travessão. Um minuto depois, Canuto saiu jogando errado e Marcos Júnior quase aproveitou.

Na terceira tentativa consecutiva, o atacante tricolor não perdoou. Aos 17, após pegar uma sobra dentro da área, Marcos Júnior girou o corpo e, de perna esquerda, estufou as redes de Ricardo. O gol tranquilizou a equipe carioca e fez jus ao maior domínio. O Figueirense, por sua vez, encontrava muita dificuldade para fazer a transição do campo de defesa para o ataque.

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O lateral Guilherme Santos, bem marcado, não tinha liberdade para explorar as jogadas de velocidade pelo lado esquerdo. Com isso, o Furacão tentava investir pelo meio, o que facilitava bastante a marcação adversária. O jogo ficou previsível, cheio de faltas e sem emoção. Só mesmo um lance individual para mudar esse cenário.

Aos 38, Roni se livrou do marcador e, de dentro da área, chutou cruzado. Diego Cavalieri defendeu. No lance seguinte, aos 40, o meia Roni foi lançado pelo lado esquerdo, ganhou de Wallace na corrida e, quando se preparava para o arremate, sofreu falta. Como já tinha recebido cartão amarelo, Wallace foi advertido pela segunda vez e acabou expulso.

Com um jogador a mais em campo, o Alvinegro partiu para o abafa, mas não criou nenhuma chance clara de gol. Para aumentar a produção ofensiva, Argel tirou o volante Toró e colocou o meia Fernandes, no intervalo da partida. Mas foram os donos da casa que incomodaram primeiro. Aos cinco minutos, Fábio Braga desviou de cabeça e Ricardo espalmou pela linha de fundo.

O lance acordou o Furacão. Aos 12, Túlio tocou para Caio na entrada da área, e o artilheiro alvinegro chutou forte, rasteiro, no canto direito de Diego Cavalieri, para deixar tudo igual: 1 a 1. Tudo indicava que o gol daria ânimo para o time catarinense buscar a virada. Não deu. Aos 20, o Flu entrou como quis pelo meio da defesa alvinegra e Wagner marcou o segundo gol tricolor.

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Mais uma vez, o Figueirense teve de correr atrás da igualdade e, em um lance que misturou sorte com competência, aos 29, Pablo chutou, a bola desviou na defesa e enganou o goleiro Diego Cavalieri: 2 a 2. A partir daí, a partida ficou aberta, com os dois times buscando o gol da vitória. O Furacão criou as melhores chances. Aos 38, Julio Cesar cobrou falta com perigo e Cavalieri espalmou pela linha de fundo. Depois, aos 39, Gum tentou tirar a bola após cobrança de escanteio e quase marcou gol contra.

FLUMINENSE 2

Diego Cavalieri; Wallace, Gum, Anderson e Carlinhos; Edinho, Jean, Thiago Neves, Wagner (Lanzini); Marcos Júnior (Matheus Carvalho) e Samuel (Fábio Braga). Técnico: Abel Braga

FIGUEIRENSE 2

Ricardo; Pablo, Canuto (João Paulo), Sandro e Guilherme Santos; Ygor, Túlio, Toró (Fernandes) e Roni; Julio Cesar e Caio (Luiz Fernando). Técnico: Argel Fucks

Gols: Marcos Júnior (Fl), aos 17 minutos do 1º tempo. Caio (F), aos 12, Wagner (Fl), aos 20, Pablo (F), aos 29 minutos do 2º tempo.

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Amarelos: Toró, Canuto, Guilherme Santos (F), Jean (Fl)

Vermelho: Wallace (Fl)

Arbitragem: Nielson Nogueira Dias, auxiliado por Jossemar Moutinho e José Wanderlei da Silva

Local: Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro

Público: 3.762

Renda: R$ 65.405