Gol logo no início
O momento conturbado que vive o Figueirense fora dos gramados, com a saída de Argel Fucks do comando da equipe, parece ter afetado o desempenho da equipe no gramado – pelo menos foi o que se observou nesta primeira etapa da partida contra o São Paulo no Scarpelli.
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Em campo, Abel Ribeiro, técnico interino, apostou em uma equipe mais defensiva que os elencos escolhidos por Argel Fucks, mas apenas esta modificação não bastou. Antes de um minuto de jogo, no primeiro ataque efetivo do São Paulo, Adenilson marcou para a equipe visitante, fazendo com que o alvinegro passasse o primeiro tempo atrás do empate. Sem conquistá-lo.
O que se viu em campo foi um Figueirense acuado, áereo, e sem um meio-campo organizado. Com seis minutos, um cartão amarelo desnecessário para Anderson Conceição. Aos 35 minutos, Guilherme Santos cruza bola para ninguém na área. Durante todo o primeiro tempo, nenhum lance do alvinegro levou perigo ao gol de Denis, que não trabalhou na primeira etapa da partida. Com o apito do fim da primeira metade de jogo, duas certezas para o torcedor: o Figueirense não rendeu nada do seu potencial em campo e mudanças no setor ofensivo precisavam ser feitas com urgência.
Gol no último instante
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O Figueirense que voltou no segundo tempo foi um Figueirense mais atento, mais desperto e com mais vontade de chegar ao gol. Mas não foi suficiente. Alguns erros do primeiro tempo persistiram: insistência no toque de bola sem evolução no meio-campo e erros crassos no ataque, especialmente por parte de Julio Cesar que desperdiçou oportunidades de ouro para o alvinegro.
Com sete minutos da segunda etapa, Fred ganha um amarelo por falta em Ademilson. Com 23 minutos, o mesmo jogador recebe o segundo amarelo e vai expulso, em uma jogada boba, puxando a camisa de Cortez. Com um a menos, Abel Ribeiro tira Julio Cesar e coloca Canuto, para recompor a zaga. A partir daí, se criar ataques era um problema para o Figueirense, tornou-se uma enorme pedra no caminho do time da casa em direção ao gol. o Figueirense insistiu em jogadas de meio-campo, bem trabalhadas, mas que não renderam o esperado. O São Paulo, ironicamente, fez o que o alvinegro poderia ter feito e trabalhou bem os contra-ataques, com sucesso em algumas jogadas, chegando a um segundo gol com William José no último instante do jogo.
A partida, em si, foi um jogo bastante moroso, com poucos lances de habilidade e muitos cartões. Nas duas equipes, o desejo de chegar ao gol, mas sem muito sucesso. O São Paulo levou a melhor pelo gol marcado no início do jogo e soube administrar o jogo. Sem a contratação de Adilson Batista confirmada, Abel Ribeiro conduz o Figueirense de maneira regular, mas não chega a conseguir três pontos para tirar a equipe da zona de rebaixamento – a equipe do Estreito segue com oito pontos na zona de rebaixamento, com 10 jogos sem vitória no Brasileirão.
Figueirense (0): Wilson; Coutinho (Aloísio), Fred, Anderson Conceição e Guilherme Santos; Túlio, Doriva, Pittoni e Almir (Ronny); Julio Cesar (Canuto) e Caio
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Técnico: Abel Ribeiro
São Paulo (2): Denis, João Filipe (Edson Silva), Rafael Toloi e Rhodolfo; Douglas, Denilson, Maicon, Jadson e Cortez; Ademilson (Rafinha) e Willian José
Técnico: Ney Franco
Amarelos:
Figueirense – Anderson Conceição (6min/1T) Fred (7min/2T), Túlio (10min/2T), Fred (23min/2T), Pittoni (30/2T)
São Paulo – Rodolfo (20m/1T), William José (40min/1T), João Felipe (20m/2T), Edson Silva (30min/2T)
Vermelhos:
Figueirense – Fred (23min/2T)
Arbitragem: Anderson Daronco, auxiliado por Márcio Eustáquio e José Chaves Franco
Gols: Ademilson (SAO/1min – 1T) e William José (SAO/48min – 2T)
Local: Orlando Scarpelli, Florianópolis (SC)
Público: 9445
Renda: R$173,310.00