O Figueirense vinha de dois grandes jogos que terminaram com gosto amargo. Contra o Palmeiras, na rodada passada, o time jogou bem, mas acabou derrotado no Scarpelli. Na quarta, pela Copa do Brasil, mais uma bela apresentação que foi ofuscada pela eliminação diante do Botafogo. Nesta noite de sábado, a história foi outra: contra o São Caetano, em Florianópolis, o futebol esteve longe de agradar, mas o resultado, esse sim foi motivo de comemoração.

Continua depois da publicidade

O triunfo por 3 a 1 no Scarpelli garantiu o Figueirense no G-4 da Série B. Com 19 pontos, a equipe alvinegra é agora a quarta colocada. Rafael Costa, Thiego e Tchô garantiram a vitória ao time catarinense. Danilo Bueno descontou para os paulistas.

O Figueira volta a campo já na terça-feira para enfrentar o Paysadu no estádio Curuzu, em Belém. A equipe viaja amanhã às 8h. Já o São Caetano, que ocupa a 15ª posição na tabela, recebe o ABC na próxima rodada.

Com Bueno fora, Rafa Costa assume protagonismo

Quando Tiago Volpi foi anunciado como o goleiro titular, um certo alívio pairou sobre as arquibancadas do Orlando Scarpelli. Mas quando a escalação chegou ao final, os torcedores sentiram falta de um nome: Ricardo Bueno, que marcou seis gols nos últimos quatro jogos, foi sacado por Adilson Batista e ficou no banco para a volta de Ricardinho ao time.

Continua depois da publicidade

Por opção do treinador, o Figueirense entrou em campo sem sua principal referência no ataque no momento. E Bueno fez falta: nos primeiros minutos, Ricardinho e Rafael Costa foram presas fáceis para a defesa do Azulão. Mais organizado em campo, o time paulista foi o primeiro a chegar com perigo e obrigou Volpi a mostrar serviço em duas oportunidades. Na primeira, foi buscar o chute de Geovane que tinha como endereço o ângulo direito. Na segunda, se esticou para pegar a bomba de Jael no cantinho.

Sem confiança, o Alvinegro só assustou no chute de longe de Nem, aos 15 minutos, que passou por cima. A falta de objetividade e dificuldade em atacar irritavam os torcedores. A cada ataque errado, reclamações de monte. Apenas quando Ricardinho e Rafael Costa apareceram para o jogo, o time melhorou e chegou com perigo, sempre nos chutes de longa distância. Nada que agradasse por completo os torcedores que enfrentaram o forte frio em Florianópolis para apoiar o time.

Time e torcida só fizeram as pazes aos 33 minutos, e Rafael Costa foi o responsável pelo primeiro sorriso alvinegro. Após enfiada de Maylson, o camisa 9 foi mais rápido que os zagueiros e tocou com categoria por cima do goleiro Rafael para fazer seu oitavo gol na Série B e dar ao Figueirense a tranquilidade que faltava para exercer domínio sobre o adversário. A dois minutos do fim, o mesmo Rafael Costa quase ampliou após bela triangulação entre Henrique Miranda e RIcardinho e deixou o grito entalado na garganta do torcedor, que aplaudiu os minutos finais da equipe.

Segundo tempo

O Figueira retornou para o gramado com a vaga no G-4 na mão. Bastava não sofrer gols para terminar a rodada entre os quatro primeiros. E em menos de um minuto a situação ficou ainda mais confortável: por falta dura sobre Rafael Costa, Luís Eduardo foi expulso e deixou o Azulão com um a menos. Na beira do gramado, Adilson Batista chegou a suspirar e comemorar a vantagem numérica. Tudo conspirava a favor do alvinegro.

Continua depois da publicidade

O que Adilson certamente não contava era com a falha de Volpi quando Danilo Bueno arriscou de longe aos 9 minutos. O goleiro alvinegro tentou espalmar, mas foi mal na bola e aceitou o gol de empate do São Caetano. Vendo dois pontos irem por água abaixo, Adilson não perdeu tempo e lançou mais um atacante: Jean Carlos entrou no lugar de Rodrigo, que pouco fez no tempo em que esteve em campo.

O relógio marcava 17 minutos quando Ricardo Bueno foi chamado para substituir Ricardinho. Mas o Figueira já não era o mesmo, sucumbia à desorganização e ao nervosismo que acompanharam o gol de empate. Mesmo com um a menos, o São Caetano ganhava fôlego e crescia no jogo, mas as esperanças não durariam muito.

A entrada de Tchô na vaga de Nem deixou o time catarinense mais ofensivo. Ainda que sem nenhuma consciência tática, o Figueirense foi pra cima na base da vontade, e foi dessa forma que garantiu a vitória em casa e o retorno ao G-4. Aos 29 minutos, o cruzamento de Tchô foi tirado pela zaga, mas a bola caiu caprichosamente nos pés do zagueiro Thiego que ajeitou e mandou uma bomba para fazer 2 a 1.

O São Caetano ainda chegou perto de mais um empate com Eder, que aproveitou a bobeira da zaga e apareceu sozinho, mas Volpi saiu bem para evitar que o atacante concluísse para o gol. No último lance, o Figueira já pedia o fim do jogo quando Tchô dominou na área e finalizou bem para selar o resultado. Com o 3 a 1, o Figueirense chegou a 19 pontos e é o quarto colocado.

Continua depois da publicidade

Ficha Técnica

Figueirense

Tiago Volpi; William, Thiego, Bruno Pires, Henrique Miranda; Nem (Tchô), Dener, Maylson, Rodrigo (Jean Carlos); Rafael Costa, Ricardinho (Ricardo Bueno)

Técnico: Adilson Batista

São Caetano

Rafael Santos; Samuel Santos, Luiz Eduardo, Fred, Diego Corrêa; Leandro Carvalho, Moradei, Pirão, Danilo Bueno (Éder); Geovane (Jackson), Jael (Bruno Aguiar)

Técnico: Marcelo Veiga

Gols: Rafael Costa aos 34 minutos do primeiro tempo. Danilo Bueno aos 9, Thiego, aos 29 e Tchô aos 48 minutos do segundo tempo

Amarelos: Fred (S), Jael (S), Maylson (F), Tchô (F)

Vermelhos: Luiz Eduardo (S)

Arbitragem: Leandro Junior Hermes, auxiliado por Luciano Roggenbaum e Moises Aparecido de Souza (trio do PR)

Continua depois da publicidade

Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis