O fim de semana parecia ser de completa tristeza para os catarinenses da Série A. Após empates sem gols de Chapecoense e Criciúma, no último jogo da rodada, o Figueirense viu o Internacional abrir 2 a 0 ainda no primeiro tempo. Era o fim de uma sequência de seis jogos sem derrota, e o retorno da preocupação com a zona de rebaixamento.

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Mas as palavras de Argel Fucks para seus soldados no intervalo fizeram efeito. O Figueirense voltou a campo disposto a mudar a história do jogo e vencer mais uma batalha. Everaldo, o Evegol, deu início à recuperação alvinegra, que ainda contou com uma cobrança de falta de Marco Antonio, ajudado por um desvio da zaga colorada, e com um chute certeiro de Giovanni Augusto para consolidar uma virada inesquecível no Beira-Rio. A arrancada continua. Fluminense que se cuide na quarta-feira.

Primeiro tempo para esquecer

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O início de jogo do Figueirense fez lembrar os dias amargos anteriores à chegada de Argel. O time começou desconcentrado, e viu justamente o principal nome do grupo atual falhar. O Inter de D’Alessandro, Jorge Henrique, Alex e companhia ainda não havia ameaçado a meta alvinegra, quando, aos 16 minutos, em um lançamento para Fabrício na área, o capitão Tiago Volpi saiu todo errado, atrpalhou-se com o lateral Leandro Silva, e foi obrigado a fazer falta para não deixar o adversário cara a cara com o gol. Penalidade clara, cobrada com maestria por D’Ale.

Aos 33 minutos, em uma cobrança de falta pelo lado esquerdo, quase na linha de fundo, mais uma bobeira da defesa alvinegra, que deixou a bola sobrar na entrada da área para o zagueiro Paulão estufar o gol de Volpi, sem chances para o arqueiro. A partir daí, o Figueirense precisou se lançar ao ataque, e teve duas chances de ouro pararem na trave, em ótima cobrança de falta de Marco Antonio, e nas mãos de Dida, em investida de Giovanni Augusto.

A grande virada

A mudança de postura ficou ainda mais clara no retorno do intervalo. A garra dos soldados de Argel voltou a aflorar e o alvinegro ameaçou muito mais. Logo aos cinco minutos da segunda etapa, Everaldo, que entrou no lugar de Marcão, machucado, ainda no primeiro tempo, recebeu um passe na medida e marcou seu quinto gol neste Brasileirão.

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Era só o começo de uma arrancada incrível do Figueirense. Aos 29 minutos, Marco Antônio cobrou falta e viu o zagueiro Fabrício, do Inter, desviar para seu próprio gol. Nem deu tempo de comemorar o empate. Um minuto depois, Giovanni Augusto arriscou de fora da área no cantinho direito do gol de Dida. Virada no Beira-Rio. Placar final: Inter 2 x 3 Figueirense. A vitória coloca o alvinegro na 12ª colocação, zona de classificação para a Sul-Americana, com uma vantagem de seis pontos da zona de rebaixamento.

INTERNACIONAL

Dida; Gilberto, Paulão, Ernando e Fabrício; Willians, Wellington (Wellington Paulista), Alex; Jorge Henrique (Eduardo Sasha), D’Alessandro e Rafael Moura.

Técnico: Abel Braga

FIGUEIRENSE

Tiago Volpi; Leandro Silva, Marquinhos, Thiago Heleno e Roberto Cereceda; Paulo Roberto, Nem (Felipe), Marco Antônio e Giovanni Augusto; Clayton e Marcão (Everaldo).

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Técnico: Argel Fucks

Cartões amarelos: Jorge Henrique, Wellington Paulista e Alex(I); Tiago Volpi, Thiago Heleno e Nem (F).

Cartão vermelho: Roberto Cereceda.

Local: Estádio Beira-Rio

Arbitragem: Marcelo de Souza, auxiliado por Rogerio Zanardo e Carlos Augusto Nogueira Junior