Apesar do péssimo começo no Estadual, o Figueirense ainda não jogou a toalha. O goleiro Wilson usou o Catarinense de 2008 como exemplo. Poucos apostavam que o time conquistaria o primeiro turno, e ele venceu. É com este restinho de esperança que o grupo viajou a Timbó, onde enfrenta o Metropolitano, neste domingo, às 16h, no Complexo Esportivo.
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O clicRBS narra o jogo pelo Minuto a Minuto.
O problema é que aquela campanha começou muito melhor. Nos quatro primeiros jogos, o alvinegro já tinha somado 10 pontos, com três vitórias e um empate; agora, soma apenas quatro pontos. Portanto, não são poucos os desafios deste domingo: vencer a primeira partida fora de casa, quebrar a sequência de três jogos sem vitória, secar os adversários diretos e, assim, manter as chances de conquistar o turno com uma arrancada fenomenal na reta final. É possível?
– Enquanto houver chance, vamos correr atrás. A gente sabe que são grandes as dificuldades, mas tivemos um exemplo no ano passado, quando nos davam já praticamente fora da disputa do primeiro turno e acabamos conquistando – lembra o goleiro Wilson.
Porém, se as coisas não funcionarem como em 2008, entra em campo o “plano B”.
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– Mesmo que o título fique difícil, temos que somar o maior número de ponto possível, porque o regulamento deste ano pede isso. No final, dois times são definidos por índice técnico – argumenta.
O técnico Pintado concorda:
– A gente tinha um objetivo em pontuação para chegar bem próximo deste primeiro lugar. São 15 pontos ainda em disputa, temos confrontos diretos e vamos buscar nossos objetivos. Esperamos somar o maior número de pontos possível.
Régis e Édson Galvão são as novidades
O maior problema do Figueirense é que o time ainda está em formação. Pintado ainda não encontrou a formação ideal e, neste domingo, vai usar uma nova escalação. Segundo ele, nada que modifique a estrutura do time. Até porque, o pouco tempo entre um jogo e outro não permite mudanças drásticas.
– Não tenha dúvida de que essa é a maior dificuldade. A gente não tem tempo. Temos que ter inteligência nesse momento, não podemos mudar nosso caminho. Temos um planejamento e sabemos que o mais rápido a gente vai se encaixar – acredita o treinador.
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As duas mudanças projetadas pelo técnico alvinegro estão no setor defensivo. O experiente zagueiro Régis, de 32 anos, fará sua estreia com a camisa do Figueirense. Quem joga ao lado dele, porém, é uma incógnita. Rafael Lima ou Bruno Perone? Quem estiver melhor preparado fisicamente, será o escolhido.
No meio-de-campo, o volante Michel Schmöller, fisicamente desgastado pelas quatro partidas que fez como titular, dá a vaga ao garoto Édson Galvão.
Barbieri pede brio ao Metropolitano
O técnico Luiz Carlos Barbieri chegou na sexta-feira ao Metropolitano e trouxe, a tiracolo, um reforço de peso, que ele promete colocar em campo neste domingo. Não se trata de nenhum craque, mas o novo treinador garante que pode fazer muita diferença ao Verdão no Catarinense. O nome? Brio.
No dicionário, a palavra tem dignidade, ânimo reforçado, destemor e honra como sinônimos. É tudo isso que o novo comandante exigiu ao chegar ao clube. Mais do que comandar o primeiro coletivo, sacudir os jogadores foi a principal ação de Barbieri no primeiro treino no CT da Itoupava.
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– Eu trabalho olhando no olho. Procurei mostrar para eles o que vou querer nas 14 partidas que temos pela frente. Quero entrega, personalidade. Meu time tem que sair sempre de cabeça erguida – disse.
Ele mesmo tratou de dar o exemplo. Disse que poderia ficar de fora, apenas assistindo ao duelo das arquibancadas, mas resolveu assumir o comando assim que chegou, mesmo sem ter tempo de fazer um treino ao estilo que prefere. E fez mais: mostrou que tirar o Metrô da lanterna, a situação atual, é apenas a primeira missão.
– Nem me passa pela cabeça brigar para não cair (para a Divisão Especial). Se fosse para isso, nem assumiria. Estou aqui para classificar para o quadrangular – comentou.
Dentro de campo, o primeiro passo foi organizar o time, sem improvisações. O time vai jogar no 4-4-2, com cada peça no devido lugar.
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– Não sou de inventar. Faço um feijão com arroz, mas bem temperado – explicou.
Foi por isso que ele mudou o meio-de-campo, que agora terá os meias Barbieri e Hegon para fazer a ligação com o ataque (Rodrigo Couto, expulso contra o Tubarão, está suspenso). Hegon veio do Avaí e fará a estreia com a camisa do Verdão. O Metrô precisa bater o Figueirense para fugir da zona de rebaixamento e deixar de ser o único time que ainda não venceu na competição.