O Figueirense foi condenado em uma ação trabalhista movida pelo ex-lateral Leandro Silva. O valor supera R$ 1,2 milhão e a decisão já aconteceu em segunda instância. O valor, que ainda precisa ser corrigido pela inflação, vai entrar no ato trabalhista firmado pelo clube em fevereiro deste ano.

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A defesa do jogador apontou que o salário do atleta era dividido igualmente na carteira e imagem, quando pela Lei Pelé o máximo permitido para direito de imagem é de 40%. Além disso, Leandro Silva, que atuou no alvinegro entre 2014 e 2016, sofreu uma lesão grave e saiu do clube após a recuperação.

— O clube tinha a obrigação de renovar o contrato por mais 12 meses a partir do retorno do atleta, que aconteceu em outubro 2016. Ele tinha estabalidade garantida, o que não houve — explicou o advogado Filipe Rino.

Leandro sofreu a lesão na partida contra o Metropolitano pelo Catarinense de 2015
Leandro sofreu a lesão na partida contra o Metropolitano pelo Catarinense de 2015 (Foto: André Podiacki / Agência RBS)

A ação também apresentou atrasos em férias, 13º salário, FGTS e salários. Também houve pedido de indenização por assédio e dano moral por causa da lesão e afastamento sem renovação de contrato.

Quando deixou o clube, Leandro Silva foi o para o Avaí, em 2017. Na sua coletiva de apresentação no Leão da Ilha, o atleta revelou a mágoa com a direção do alvinegro. Na época, o time era presidido por Wilfredo Brillinger e o superintendente de futebol era Cleber Giglio.

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— Eu passei três anos ali, fiz 117 jogos e por causa de uma lesão no término de contrato não nos acertamos e por isso a minha permanência não ocorreu. Fiquei triste, mas queria agradecer aos profissionais que fizeram parte do meu tratamento, à torcida também, mas agora é vida que segue, quero esquecer o Figueirense — disse Leandro em 06/01/2017.

De acordo com o Figueirense, se trata de uma ação antiga, que tem sido enfrentada pelo jurídico do clube, e no aspecto trabalhista está abrigado pelo ato, que tem sido cumprido à risca pelo clube.

Ato trabalhista

Em fevereiro deste ano, os representantes do Figueirense realizaram uma audiência com os advogados dos credores no TRT-SC e chegaram a um acordo para quitar quase a totalidade das dívidas trabalhistas do time, que se acumulavam desde 2012 e somam cerca de R$ 17 milhões.

*Com colaboração de Rodrigo Faraco