Deu Figueirense no último clássico do ano diante do Avaí, na Ressacada. Atrás na classificação da Série B do Campeonato Brasileiro o arquirrival quebrou a série de invencibilidade azurra, que durou nove jogos. O placar deste sábado foi mínimo, de 1 a 0, mas o bastante para fazer o Figueira dar o troco, por perder pelo mesmo resultado em encontro no turno, e ainda voltasse a encostar na briga pelo G-4 e terminasse a 24ª rodada na quinta colocação. O Leão segue dentro da zona de acesso à elite. Apesar da derrota em casa, continua em terceiro.
Continua depois da publicidade
Diante de 13.486 torcedores – o maior na Ressacada nesta temporada -, o Alvinegro abriu o placar bem cedo. João Paulo botou na rede a penalidade máxima assinalida aos 44 segundos de jogo. A partida chegou a ficar paralisada para o pouso de um helicóptero dos Bombeiros para atender um torcedor ferido e, ainda no primeiro tempo, os donos da casa desperdiçaram a chance do empate também em pênalti. Guga bateu e o goleiro Denis defendeu. O segundo tempo foi praticamente todos do Leão, que tomou conta do campo de ataque, mas não conseguiu botar na rede.
Com o resultado, o saldo dos quatro clássicos deste ano é de igualdade. Foram dois empates no Catarinense e o Furacão devolveu o 1 a 0 que sofreu como mandante em duelo pelo turno da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o gol assinalado, João Paulo fez o segundo dele em clássicos do ano. Também de pênalti, ele marcou no 3 a 3 também na Ressacada, o primeiro desta temporada e na Ressacada. Foi a vitória alvinegra de número 153 de 443 clássicos na história dos dois clubes.
Os dois times voltam a jogar na terça-feira, dia de rodada cheia na Série B. O Avaí entra em campo primeiro. Segue na Ressacada para receber o CRB às 19h15min. Já o Figueirense viaja para o Nordeste para enfrentar o líder Fortaleza no Castelão, às 21h30min.
O jogo
Continua depois da publicidade
Marquinhos Santos não ficou nem banco de reservas do Avaí que entrou em campo no esquema com três zagueiros e sem outras surpresas na escalação. O Figueirense também não botou novidades no campo, com André Santos, Betinho e Jorge Henrique entre os suplentes. Mas não deu nem tempo de ver como seriam as propostas dos times tão treinadas com portões fechados ao longo da semana. Com apenas 44 segundos do duelo o árbitro Marcelo de Lima Henrique apontava para a marca da cal da área azurra. Foi depois de Juninho disparar pelo flanco esquerdo, penetrar e ir ao chão com a chegada do zagueiro Airton. João Paulo botou no canto e o Figueira na frente.
O placar aberto cedo fez com que o time visitante aproximasse suas linhas e passasse a jogar em reação ao que o Leão tentasse. Enquanto a partida corria, houve momento de tensão nas arquibancadas. Um torcedor do Figueirense que estava debruçado sobre o parapeito caiu de uma altura de quase três metros. Um helicóptero do Corpo de Bombeiros chegou a aterrissar no gramado para auxiliar no atendimento e o duelo ficou parado por seis minutos (clique aqui e entenda). Quando o jogo voltava ao normal após a paralisação, o Avaí teve a chance de deixar tudo igual também em cobrança de pênalti.
No meio da confusão na área alvinegra, aos 40 minutos, Cleberson agarrou Marquinhos Silva e foi flagrado pela arbitragem. Guga foi o incumbido da cobrança e mandou forte, alto e no canto direito do goleiro. Mas as mãos do goleiro estavam justamente ali: defendeu Denis. Na sequência o técnico Geninho mexeu no Leão pela primeira vez. Teve de sacar Rodrigão, que acusou dores, e colocou Beltran no clássico. No último lance do primeiro tempo, a batida de escanteio de André Moritz terminou com a cabeçada forte de Marquinhos Silva. De novo, Denis apareceu para evitar.
O Avaí voltou do intervalo com Matheus Barbosa na vaga de André Moritz. Marquinhos acompanhava o seu possível último clássico como atleta fora de campo, grudado ao alambrado. Via o time ainda mais agressivo que foi no final do primeiro tempo. Como aos 7, na cabeçada de Beltran que passou perto da trave após batida de escanteio. O Leão chegava com força, era melhor, mas esbarrava nos erros de finalização ou no último toque. Então vieram três mexidas, a partir dos 14 minutos. No Figueira entraram Felipe Amorim na vaga de Juninho, que era figura apagada sem conseguir explorar o lado direito azurra, e Henrique Trevisan para recompor a lateral esquerda com a saída de João Paulo. O time da casa foi para o tudo ou nada quando saiu o zagueiro Marquinhos Silva para o atacante Gabriel Lima fazer sua estreia.
Continua depois da publicidade
O Avaí encontrou caminho com Guga pelo lado direito e passou a incomodar. Aos 27, assustou em chute de fora de Renato. Ele bateu com força, a bola desviou em Zé Antônio e quase encobriu Denis, que deu um tapinha para garantir a meta intacta neste sábado. Na sequência foi a vez de Romulo desviar a cruzada e tirar tinta do travessão. Com as investidas azuis, o técnico Milton Cruz tentou trancar o adversário ao sacar Renan Mota e colocar o volante Pereira no clássico. O Leão seguia insinuante, e chegou a colocar dentro de rede no último minuto dos acréscimos, com Aranha dentro da área e tudo. Matheus Barbosa completou para as redes, mas o impedimento já havia sido assinalado.
FICHA TÉCNICA – Avaí 0 x 1 Figueirense
AVAÍ: Aranha; Airton, Betão e Marquinhos Silva (Gabriel Lima); Guga, Judson, André Moritz (Matheus Barbosa), Renato e Capa; Romulo e Rodrigão (Beltran). Técnico: Geninho.
FIGUEIRENSE: Denis; Matheus Ribeiro, Eduardo, Cleberson e João Paulo (Henrique Trevisan); Zé Antônio, Matheus Sales, Gustavo Ferrareis, Renan Mota (Pereira) e Juninho (Felipe Amorim); Elton. Técnico: Milton Cruz.
GOL: João Paulo (F), aos 2 do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS: André Moritz e Renato (A). João Paulo e Zé Antônio (F).
ARBITRAGEM: Marcelo de Lima Henrique, auxiliado por Michael Correia e Silbert Faria Sisquim (trio do RJ).
Continua depois da publicidade
BORDERÔ: 13.486 torcedores, para renda de R$ 410.160.
LOCAL: Ressacada, em Florianópolis.