O Figueirense mostra a cada rodada do Campeonato Brasileiro que realmente está disposto a fazer história. Neste sábado, dia 5, diante do Botafogo, no Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro, o time do técnico Jorginho voltou a assombrar. Superou um dos candidatos ao título por 1 a 0 e entrou, pela primeira vez, no grupo dos classificados à Libertadores.

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Com o resultado, o Furacão chegou aos 53 pontos, pulou para o quinto lugar, à frente de Flamengo e Inter, que jogam neste domingo, em ampliou a invencibilidade para 12 jogos. Sábado, dia 12, às 19h, o Figueirense enfrenta o Atlético-MG, no Orlando Scarpelli.

GOL NO PRIMEIRO CHUTE

Com apenas um jogador de referência no ataque _ Loco Abreu _, o Botafogo tentou tirar a força do Figueirense a partir do domínio no meio-campo. Só que a equipe carioca não contava com o brilhantismo do artilheiro Julio Cesar, o homem-gol do Furacão.

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Aos cinco minutos, quando todos esperavam por um cruzamento do camisa 99 do lado direito, ele ousou. Mirou o ângulo do goleiro Jefferson, que estava um pouco adiantado, e fez um golaço.

Em desvantagem no marcador, o Botafogo se lançou ao ataque. E quase empatou aos oito minutos, com Loco Abreu, em um chute à queima roupa, dentro da área, que Wilson defendeu. Impaciente, a torcida carioca passou a pedir a entrada do atacante Herrera, que foi deixado no banco de reservas pelo técnico Caio Jr.

CARIOCAS INSISTEM PELO ALTO

O Botafogo aumentou a pressão, mas encontrava enormes dificuldades para furar o bloqueio defensivo do time catarinense. Apenas nas bolas levantadas na área é que Wilson sofria alguma ameaça. Como aos 19 minutos, quando Renato cobrou escanteio pelo lado esquerdo e Antônio Carlos cabeceou a bola perto do poste.

JULIO CESAR QUASE “MATA”

Armado para o contra-ataque, o Figueira esperava a hora certa para matar o adversário. E teve uma chance de ouro para ampliar aos 25, quando Julio Cesar recebeu lançamento de Juninho, driblou o goleiro Jefferson e, com o gol vazio, bateu pela linha de fundo.

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O Botafogo tentou, então, pressionar de novo, mas pouca coisa conseguiu.

Bem postado na defesa, o Figueira segurou bem as investidas de Renato, Elkeson e, principalmente, Loco Abreu.

– Tem sido assim fora de casa, marcação forte e saída rápida para o ataque. Não podemos abrir mão de jogar – destacou o volante Tulio, na saída para intervalo.

MUDANÇAS NO INTERVALO

Para buscar a igualdade, Caio Jr tirou o meia Léo e colocou o atacante Herrera, enquanto Jorginho substituiu Bruno, que saiu machucado, por Pablo. Incendiados pela torcida, o Botafogo partiu para cima do Furacão e, em três minutos, conseguiu três escanteios a favor. Nenhum deles, no entanto, levou perigo ao goleiro Wilson.

JEFFERSON SALVA O FOGÃO

Com tranquilidade, o Figueirense passou a envolver o time adversário como quis e arriscar chutes de longa distância através de Coutinho. Aos 19, o Furacão teve a sua melhor chance. Coutinho escapou pela direita e cruzou na medida para Wellington Nem, que bateu certo, de primeira. Bem colocado, desta vez Jefferson operou um milagre e salvou.

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TIME SE FECHA ATRÁS

Era só ter um pouquinho mais de calma para encaixar o contragolpe e ampliar o marcador. Precavido, Jorginho sacou o volante Túlio, que parecia cansado, aos 25, e renovou o fôlego com Jonatas.

Os donos da casa continuaram insistindo pelo alto e, aos 36, Loco Abreu escorou de cabeça e Everton, pressionado dentro da área, chutou por cima do travessão. A última chance veio aos 45, quando o sempre perigoso Loco Abreu cabeceou no travessão de Wilson. Foi o último susto para a alegria da torcida alvinegra.

– Enfrentamos uma grande equipe, jogo duríssimo, mas faltam cinco batalhas ainda – afirmou o volante Ygor.

O atacante Julio Cesar também vibrou muito com o resultado:

– Agora vamos em busca da Libertadores, estamos fazendo um grande campeonato – destacou.

FICHA TÉCNICA

BOTAFOGO 0

Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Bruno Cortês; Marcelo Mattos, Léo (Herrera), Renato, Maicosuel e Elkeson (Everton); Loco Abreu.

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Técnico: Caio Júnior

FIGUEIRENSE 1

Wilson; Bruno (Pablo), Roger Carvalho, Edson Silva e Juninho; Ygor, Túlio (Jonatas), Coutinho (João Paulo Goiano) e Elias; Wellington Nem e Julio Cesar.

Técnico: Jorginho

Gol: Julio Cesar (F), aos cinco minutos do 1º tempo

Amarelos: Elias, Bruno, Wellington Nem, Juninho (F), Marcelo Mattos (B)

Arbitragem: Heber Roberto Lopes, auxiliado por Roberto Braatz e José Amilton Pontarolo

Local: Estádio Engenhão, no Rio de Janeiro

Público: 25.321

Renda: R$ 505.145

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