O Figueirense apontou os próximos passos após a saída da Elephant, empresa que geria o futebol do clube até a última sexta-feira, quando foi rompido o contrato firmado há mais de dois anos. O momento é de reestruturação para fazer o Figueira respeitado fora das quatro linhas e que vai brigar contra o rebaixamento à Série C do Campeonato Brasileiro. O presidente interino do Alvinegro, Chiquinho de Assis, falou sobre o que está por vir após o término do vínculo.

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O auxiliar Márcio Coelho, então interino, vai continuar como treinador da equipe principal. O diretor de futebol Antônio Lopes e diretor de negócios Luiz Greco, contratados pela Elephant, não continuam, até por conta da contenção de despesas.

– A primeira medida é manter o atual treinador, ao menos até a vinda de nova diretoria. Mas ele segue, trabalha há muito tempo aqui, com competência. O time está em boas mãos com ele – falou Chiquinho em entrevista coletiva no Estádio Orlando Scarpelli, nesta segunda-feira.

Além ele falaram sobre a situação do Figueirense pós-Elephant o presidente do Conselho Fiscal, Luiz ngelo Sombrio, e Roberto Costa, Presidente do Conselho Consultivo.

O trio ainda detalhou o rompimento do contrato com a Elephant. Na última quinta-feira, o presidente da empresa que até então geria o futebol do Figueirense, Cláudio Honigman, acordou em encerrar a parceria, alegou que não tinha mais o desejo, conforme o relato dos conselheiros do Figueira. No dia seguinte, para acordar o encerramento, porém, apresentou exigências. Entre elas um ressarcimento financeiro.

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– Ele pediu uma indenização. Até quinta-feira, nunca tinha falado nada disso. Nos surpreendeu. Pediu R$ 3 milhões e quitação de dívidas pendentes. Tem coisas que se negocia, e tem coisas que não tem como negociar. Como eu posso perdoar uma dívida. Teríamos que reunir os 150 conselheiros. Em janeiro de 2018 foi passada a régua, e tínhamos uma dívida de 76 milhões de reais. A partir dali eram deles. Se me perguntar como estão as contas, ainda não sabemos. Agora que vamos nos inteirar – comentou Chiquinho.

A partir de agora, o Figueirense está em transição. Em menos de dois meses, um novo presidente deve ser eleito. No momento, a prioridade é a manutenção na Série B, buscar honrar o pagamento de salários e, sobretudo, conversar com atletas e funcionários sobre os problemas que o Figueira enfrenta e vai enfrentar – a falta de diálogo é uma das maiores queixas em relação à administração anterior.

– Temos um período de transição. Haverá eleição e a nova diretoria terá autonomia. Mas o modelo de gestão continua. A empresa Figueirense continua existindo. Estamos retomando as cotas da Elephant, mediante investimentos que nunca aconteceram. E vamos buscar novos parceiros. Fazer com que o modelo possa persistir – complementa Chiquinho

W.O do Figueirense poderia ser evitado

Durante a entrevista coletiva, o W.O do Figueirense, ocorrido em 20 de agosto, diante do Cuiabá, pela Série B, foi colocado como evitável. Na ocasião os jogadores pediam o pagamento de pendências financeiras deles e com outros funcionários. Chegaram a ir à Arena Pantanal com a esperança que pouco antes do horário previsto para o início da partida os pagamentos fossem feitos. Conforme o relato na entrevista coletiva, naquele dia o Athletico-PR havia depositado R$ 2 milhões na conta do Figueirense por conta do pagamento de uma negociação entre as equipes. Havia dinheiro mais que suficiente para quitar uma folha salarial do futebol profissional e outras contas.

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