O futebol do Figueirense vai continuar a ser administrado por empresa. Na manhã desta quarta-feira, o presidente da gestora, Cláudio Honigman, e conselheiros do clube estiveram reunidos para anunciar a assinatura de termo de compromisso. O efeito imediato foi o pagamento de pendências financeiras que estavam em aberto desde começo do ano com atletas e funcionários. No entanto, os jogadores alegam que foi pago apenas um salário (CLT) e restam em atraso dois meses de direitos de imagem desde o início da atual temporada.
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– Os salários de 2019 foram colocados em dia nesta manhã (de quarta-feira) e o conforto jurídico para investimentos fossem feitos foram acordados no termo. O que faltava para que os investimentos fossem feitos foi assinado ontem (terça-feira). Os salários dos funcionários já estavam em dia. Há um plano de pagamento (de atrasados de 2018 para trás). Os funcionários do clube sabem que faremos os acertos para resolver. Quanto aos ex-funcionários, vamos ver como isso será composto – informou o Honigman na entrevista coletiva.
Estiveram presentes os presidentes dos conselhos administrativo (Luiz Fernando Philippi), fiscal (Luiz Ângelo Sombrio), do deliberativo (Francisco de Assis Filho) e consultivo da empresa (Roberto Costa).
Francisco de Assis Filho tratou de deixar claro o que foi acordado entre associação e empresa do Figueirense. O termo de compromisso, segundo ele, estabelece obrigações de ambas as partes para que seja cumprido o contrato firmado com a Elephant, em agosto de 2017.
– Chegamos ao entendimento neste termo de ajuste para equacionar as pendências que haviam. Verificamos as pendências financeiras e administrativas. Buscamos junto à parceira, a Elephant, o cumprimento. Não se trata de novo contrato ou aditivo, mas termos de equacionamento de pendências existentes. O Figueirense paga preço pelo ineditismo desta forma de gestão do futebol no Brasil. Todo pioneirismo tem problemas e tivemos os nossos. Buscamos preservar este formato de gestão por tudo que discutimos em dois anos e ainda seria melhor alternativa para o clube. Acreditamos que daqui para frente tudo deve correr conforme o previsto em contrato – falou o presidente do Conselho Deliberativo.
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Um dos pontos previstos no contrato de 2017 é quitar pendências financeiras. No entanto, conforme o balanço do ano passado, tanto a associação quanto a empresa tiveram prejuízos. O termo de compromisso assinado na última terça-feira prevê o “conforto jurídico” que Honigman buscava para administrar o clube. De acordo com o presidente do Conselho Deliberativo, a melhor decisão para o Figueirense neste momento era a manutenção da parceria.

– Ou você rescinde ou equaciona isso por meio de um replanejamento. Optamos pela segunda hipótese, para não haver risco à instituição. Não há briga ou litígio, que talvez houvesse em caso de rescisão, que seria pago pelo clube e o torcedor. Agora temos um instrumento mais adequado para acompanhar o contrato, a fiscalização ficou mais explícita e fácil. Será melhor para atingir resultados esperados quando assinado o contrato – complementou Francisco de Assis Filho.
A expectativa a partir de agora é que a empresa gestora do futebol do Alvinegro faça os chamados aportes financeiros para começar a colocar em ordem as finanças alvinegras. Para Cláudio Honigman, presidente da gestora do Figueirense, é um novo momento, inclusive em relação do futebol. No início da tarde serão apresentados Vinícius Eutrópio como novo treinador e Antônio Lopes como diretor de futebol do Figueira. Eutrópio vai substituir Hemerson Maria, que pediu demissão na última segunda-feira. Honigman falou rapidamente sobre o fato no decorrer da entrevista coletiva.
– Não gosto de comentar sobre ex-funcionários. Mas meu pai me ensinou a não abandonar o barco. Para mim foi lamentável e fez algo que disse que jamais faria. Ele disse que seu trabalho deve ter começo meio e fim, mas abandonou no meio.
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