O Figueirense encaminhou à Justiça de Santa Catarina um documento onde afirma que suas atividades correm risco de encerrar imediatamente caso o clube não consiga paralisar a execução de suas dívidas. Trata-se de um pedido de recuperação com objetivo de impedir as cobranças por 30 dias para uma reorganização financeira. A diretoria alvinegra confirma a ação, mas optou por não se manifestar sobre o tema nesta sexta-feira (12).

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Com o orçamento anual reduzido a R$ 8 milhões após o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro, o Figueirense afirma no pedido que o clube pode fechar as portas se as execuções não pararem. A instituição acumula dois meses de atraso no pagamento do Acordo Trabalhista, totalizando R$ 390 mil. As prestações foram definidas quando o clube tinha uma realidade de Série B, com mais recursos disponíveis.

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— O Figueirense, instituição centenária de destaque no desporto brasileiro, não possui condições de continuar a sua operação-futebol sem o auxílio de um procedimento que lhe permita renegociar seu endividamento passado de maneira organizada, global e com proteção dos seus ativos — argumenta o clube no pedido encaminhado à Justiça.

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A folha de pagamentos do Figueirense é de R$ 210 mil, com R$ 150 mil referentes ao futebol e R$ 60 mil às demais áreas do clube. A dívida total chega aos R$ 165 milhões, de acordo com o pedido de recuperação, sendo R$ 100 milhões relativos a débitos trabalhistas e com fornecedores. O clube apela à Justiça citando o risco de não conseguir mais levar o seu time aos gramados nas competições profissionais.

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— O risco que se corre aqui é claro e iminente. A consequência direta (e rápida) do colapso da atividade será insatisfatória para rigorosamente todos os agentes envolvidos: o Figueirense não será capaz de continuar a operação-futebol, sendo obrigado a abandonar campeonatos em curso, incidindo em penalidades por parte da Justiça Desportiva local e/ou da Justiça Desportiva de âmbito nacional — afirma o clube.

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O pedido de recuperação do Figueirense é assinado pelos advogados Luiz Roberto Ayoub, Pedro Teixeira, Filipe Guimarães e Pablo Cerdeira, do Rio de Janeiro, e Ana Paula Barbato, de São Paulo. O documento, de 35 páginas, será analisado pela Vara Regional de Recuperações Judiciais, Falências e Concordatas de Florianópolis. A tentativa judicial é feita três meses antes do centenário do clube, que será completo no dia 12 de junho.

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