Tinha tudo para ser o dia do “fico” do Figueirense na Série B do Brasileirão. A campanha em casa nas últimas sete partidas invictas – seis vitórias e um empate – sob o comando do técnico Milton Cruz, o bom público que compareceu ao Estádio Orlando Scarpelli na ensolarada tarde de sábado, e a repetição da escalação da última vitória do time, eram indicativos de que a briga contra o rebaixamento poderia chegar ao fim ainda na 35ª rodada. Mas não foi dessa vez. A derrota por 2 a 1 para o América/MG adiou em pelo menos mais uma rodada a garantia de permanência do Furacão do Estreito na segunda divisão do futebol brasileiro.

Continua depois da publicidade

Com a derrota em casa, o alvinegro permanece com 43 pontos, na 13ª colocação e precisa de pelo menos mais uma vitória (talvez também mais um empate) nas três rodadas restantes para ficar na B. Agora, o Figueira sai para enfrentar o Vila Nova – que ainda sonha com a vaga na Série A -, em Goiânia, na terça-feira, às 20h30min.

Já o Coelho de Minas com a vitória carimbou o acesso à primeira divisão em 2018, somou 66 pontos, desbancou o Internacional da liderança e assumiu a ponta da competição. O próximo jogo dos mineiros também é na terça-feira, às 21h30min, contra o Juventude, no Estádio Independência, em Belo Horizonte.

O jogo

Continua depois da publicidade

A partida no Scarpelli começou com o América/MG pressionando, e logo a um minuto e meio de jogo, após cobrança de escanteio, o zagueiro Rafael Lima subiu no primeiro pau e testou para o fundo das redes do goleiro Saulo, abrindo o placar para o Coelho de Minas. Mesmo à frente, o time mineiro seguiu jogando melhor, já que controlava a partida.

Até que aos 25 minutos, depois de uma sequência de ataques, o Figueira teve uma cobrança de falta perto da área. O meio campista Marco Antônio cobrou da direita e encontrou Jorge Henrique em meio aos zagueiros americanos. O atacante subiu mais alto e cabeceou para dentro do gol: 1 a 1.

Aos 48 minutos, no último lance da primeira etapa, em uma desatenção da defesa alvinegra, o atacante Bill tabelou com Gerson Magrão, que rolou a bola para trás e encontrou o lateral-esquerdo Giovanni, que só completou e mandou de cabeça para a rede. Virada do Coelho.

Continua depois da publicidade

O segundo tempo começou e, com 11 minutos, o técnico Milton Cruz precisou fazer a segunda substituição por lesão no alvinegro. O zagueiro Ferreira sentiu a perna e deu lugar ao defensor Henrique Trevisan. Antes, no primeiro tempo, o atacante André Luiz, que tinha marcado gols nas últimas duas partidas, saiu lesionado para a entrada do também atacante Henan.

O jogo na segunda etapa nem de longe lembrou os 45 minutos iniciais. Os mineiros, já garantidos na elite do futebol brasileiro, administraram a partida e não correram maiores riscos. O Figueira até tentou, mas desorganizado, não conseguia furar o bloqueio americano a partir da intermediária.

Com o passar do tempo, a torcida do Furacão foi ficando sem paciência e distribuiu vaias ao time, em especial ao goleiro Saulo, que falhara na partida contra o Oeste, em Barueri, no meio da semana, e voltou a se atrapalhar em uma cobrança de escanteio, aos 28 minutos, quando o América quase ampliou o placar. Dez minutos depois, aos 38, o Furacão teve a melhor chance da segunda etapa: Henan finalizou na entrada da área, mas a bola passou na frente do gol de João Ricardo e foi para fora.

Continua depois da publicidade

Ficha técnica

Figueirense: Saulo; Dudu, Ferreira (Henrique Trevisan), Naylhor e João Lucas; Dudu Vieira, Zé Antônio, Marco Antônio (Joãozinho) e Renan Mota; Jorge Henrique e André Luís (Henan). Técnico: Milton Cruz.

América-MG: João Ricardo; Norberto, Messias, Rafael Lima e Giovanni; Juninho, Ernandes, Renan Oliveira (Zé Ricardo) e Felipe Amorim (Rubão); Gérson Magrão Bill (Edno). Técnico: Enderson Moreira.

Arbitragem: Alisson Sidnei Furtado, auxiliado por Fábio Pereira e Cipriano da Silva Sousa (trio do TO).

Continua depois da publicidade